Na sequência das recentes cheias que assolaram diversas localidades de Portugal, o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, afirmou numa entrevista ao Público e à Rádio Renascença que o Governo pode recorrer à inteligência artificial (IA) para aperfeiçoar os sistemas de aviso à população da Protecção Civil face a cheias ou incêndios, que nos últimos anos têm atingido Portugal. O ministro assinalou que a “situação de alerta não incide da mesma forma em todos os territórios do país”, admitindo que a inteligência artificial pode ser usada no “direccionamento” dessa informação.
De forma a compreender como esta tecnologia pode ser utilizada para melhorar os avisos à população, o NOVO falou com dois especialistas em inteligência artificial que consideram que esta pode ser uma solução a ter em conta. “A ideia geral de usar a inteligência artificial para melhorar a forma de interacção da Protecção Civil é, de facto, interessante”, frisa Arlindo Oliveira, professor do Instituto Superior Técnico e presidente do INESC - Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, que sublinha que, “neste momento, até temos recursos financeiros para isso”, fruto das verbas destinadas no PRR (foram aprovadas duas agendas na área da IA com financiamentos de dezenas de milhões de euros). “Teria de se especificar um sistema desses e pensar quais são as funcionalidades desejadas, mas é uma ideia perfeitamente viável”, argumenta, acrescentando que “é possível usar análise de dados e outra informação para direccionar mais as mensagens, em vez de elas serem enviadas como um bloco para toda a gente.”
Leia o artigo na íntegra na edição do NOVO que está, este sábado, dia 24 de Dezembro, nas bancas.
