Elon Musk, empresário, empreendedor e figura pública controversa, teve um ano cheio, dominado por todas as peripécias em torno da aquisição do Twitter, por 44 mil milhões de dólares (cerca de 41,5 mil milhões de euros), e por todos os episódios que foram sendo relatados depois de concluído o negócio, culminando na promessa, após uma sondagem entre os utilizadores da rede social, de deixar a gestão executiva assim que encontrar quem o substitua.
Desde o início que a terceira maior aquisição de sempre no sector da tecnologia foi conturbada - houve uma disputa legal que quase deitou o acordo por terra -, mas tornou-se motivo de notícias constantes a seguir, quando Elon Musk assumiu o controlo, a 28 de Outubro, e imediatamente dispensou a gestão, avançou para o despedimento de cerca de metade dos 7.500 funcionários e lançou um ultimato para que quem ficasse aceitasse trabalhar “longas horas a alta intensidade”, o que ditou mais saídas.
A promessa de liberalização da utilização da rede levou, em pouco tempo, à perda de um milhão de utilizadores e a agência Insider Intelligence prevê que outros 32 milhões saiam nos próximos dois anos à boleia de problemas técnicos e da banalização de conteúdos considerados ofensivos. Os grandes anunciantes também têm mostrado preocupação.
Entendido como um golden boy, Elon Musk fundou a empresa de serviços financeiros que viria a ser a base da PayPal, é o maior accionista do líder mundial na construção de carros eléctricos, a Tesla Motors, e detém a Space X. Durante quase todo o ano foi a pessoa mais rica do mundo mas, com a queda de dois terços do valor dos títulos da Tesla desde o pico, no início de Novembro de 2021, foi agora ultrapassado por Bernard Arnault, dono do império do luxo LVMH.
