Para mostrar quem manda na coligação mas também para acalmar os mercados e a Comissão Europeia – qual delas mais preocupada com o andamento da situação no país – Giorgia Meloni trocou as voltas aos seus parceiros de coligação.
Meloni recebeu a missão de formar governo depois de vencer as eleições de setembro e do acordo conseguido com os seus parceiros de coligação, Matteo Salvini, da Liga, também de extrema-direita, e Silvio Berlusconi, do conservador Força Itália, dividindo ministérios e outras posições.
A Comissão Europeia indica que Itália já atingiu 45 metas nos planos de reforma que incluem áreas como o ensino e a saúde, de forma a poder receber mais 21 mil milhões de euros em fundos de recuperação pós-pandemia.
A líder do próximo governo italiano é a mais recente estrela da extrema-direita de um país que já deu à Europa dezenas de personalidades daquele quadrante político. A Comissão Europeia está atenta. E com medo.
Se Marcelo alertou para a sensibilidade dos mercados financeiros, o Chega manifestou a esperança de que esta mudança política chegue a Portugal. Direitos humanos em Itália preocupam governo francês.
Líder do partido Irmãos de Itália, central na coligação de direita e extrema-direita que ganhou as eleições este domingo, deve ser a primeira mulher chefe de governo em Itália.