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Terça-feira, 28 Junho 2022
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    • Política
      Montenegro acusa Costa de “fugir das soluções” e de estar “atrapalhado por ter que decidir sozinho”
      Luís Montenegro

      Montenegro acusa Costa de “fugir das soluções” e de estar “atrapalhado por ter que decidir sozinho”

      O líder eleito do PSD considera que os portugueses já “estão cansados do Governo” PS. Defende que é necessária uma “voz forte” na oposição e tem “óptimas expectativas” para o Congresso do partido no próximo fim-de-semana.
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      Apoios Sociais

      “Estado não cumpre as suas responsabilidades” e há crianças com necessidades especiais sem apoio

      O CDS acusa o Estado de não estar a cumprir as suas responsabilidades, indicando que há “mais de 2 mil crianças com necessidades especiais sem apoio no último ano”.
    • País
      “Missão certa no momento certo”: Marcelo diz que “Portugal é o que é devido aos oceanos”
      Marcelo Rebelo de Sousa

      “Missão certa no momento certo”: Marcelo diz que “Portugal é o que é devido aos oceanos”

      Esta segunda-feira arrancou a Conferência dos Oceanos da ONU, que decorre em Lisboa. No discurso inaugural, o Presidente da República destacou a importância dos oceanos em diversas áreas e a importância de preservá-los.
      “A relação do meu marido com Ricardo Salgado não era fantástica”
      Manuel Pinho

      “A relação do meu marido com Ricardo Salgado não era fantástica”

      No interrogatório do processo EDP, que o NOVO revela, Alexandra Pinho explicou que o marido e Ricardo Salgado tinham uma relação tensa e nada cordial, e que o ex-ministro lhe pediu para deixar o BES Art. Alegou que cheques do BES eram pagamentos de Pinho para as despesas da casa e atrapalhou-se a explicar emails trocados com mulher do Nobel da Economia Joseph Stiglitz.
    • Economia
      Rússia entra em incumprimento pela primeira vez em mais de 100 anos, avança a Bloomberg. Kremlin nega default
      Rússia

      Rússia entra em incumprimento pela primeira vez em mais de 100 anos, avança a Bloomberg. Kremlin nega default

      O período de carência para o pagamento de quase 100 milhões de dólares em juros sobre a sua dívida soberana expirou.
      Pedro Nuno Santos diz que TAP “não está em situação para reverter cortes” salariais
      TAP

      Pedro Nuno Santos diz que TAP “não está em situação para reverter cortes” salariais

      O ministro das Infraestruturas e da Habitação considera que é necessário respeitar o plano de reestruturação da companhia aérea.
    • Internacional
      Rússia vai esgotar em breve capacidades de combate. Equilíbrio de forças pode voltar a favorecer a Ucrânia
      Guerra na Ucrânia

      Rússia vai esgotar em breve capacidades de combate. Equilíbrio de forças pode voltar a favorecer a Ucrânia

      Analistas ocidentais argumentam que a ofensiva russa no Donbass pode ser forçada a uma “paragem significativa”.
      Míssil russo atinge centro comercial na Ucrânia com mais de mil pessoas. Número de mortos sobe para pelo menos 18
      Ucrânia

      Míssil russo atinge centro comercial na Ucrânia com mais de mil pessoas. Número de mortos sobe para pelo menos 18

      O número de vítimas deve aumentar. Zelenski diz que o espaço “não representava uma ameaça para o exército russo” e que “as pessoas só queriam viver uma vida normal”.
    • Cultura
      A humilhação dos intelectuais
      Livros

      A humilhação dos intelectuais

      A escritora Ludmila Ulitskaya é a autora de “Sonechka”, publicado em Portugal pela Cavalo de Ferro. Ulitskaya é frequentemente apontada como candidata ao Nobel da Literatura.
      A normalização da covid-19: festivais de Verão e Santos Populares não são motivo para alerta
      COVID-19

      A normalização da covid-19: festivais de Verão e Santos Populares não são motivo para alerta

      O impacto destes eventos vai traduzir-se numa descida mais vagarosa do número de casos, mas os especialistas afirmam que não vai ser nada de dramático. Previsões apontam para 350 mil contágios no total do mês de Junho, cerca de 9 mil por dia.
    • Desporto
      Ricardo Horta em destaque na primeira conferência de Schmidt: “Seria uma grande melhoria para a equipa”
      Benfica

      Ricardo Horta em destaque na primeira conferência de Schmidt: “Seria uma grande melhoria para a equipa”

      O treinador alemão prometeu “trabalhar no duro” nas próximas semanas para preparar a equipa para as eliminatórias de acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões. Deixou elogios ao reforço Enzo Fernández.
      André Villas-Boas vai a votos mesmo que Pinto da Costa se recandidate
      FC Porto

      André Villas-Boas vai a votos mesmo que Pinto da Costa se recandidate

      Vão ser as eleições mais quentes dos últimos 40 anos. O antigo técnico portista já decidiu e vai mesmo submeter-se a sufrágio, aconteça ele quando acontecer, pois não está afastada a possibilidade de Pinto da Costa deixar a presidência antes do fim do mandato, em 2024. Rui Moreira, com um problema temporal relacionado com a autarquia, ou Vítor Baía: um deles pode ser o adversário de Villas-Boas caso seja colocado um termo no reinado dos últimos 40 anos.
    • Ambiente
      Indústria do tabaco tem impacto “desastroso” no meio ambiente, diz OMS

      Indústria do tabaco tem impacto “desastroso” no meio ambiente, diz OMS

      Documento analisa a pegada ambiental do sector como um todo, desde o cultivo das plantas até ao fabrico dos produtos do tabaco, passando pelo consumo e desperdício.
    • Lifestyle
    • Tecnologia
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      Elon Musk ameaça desistir de compra do Twitter

      Em causa, afirma o multimilionário, está a recusa da empresa em aceder aos seus pedidos de informação sobre o número de contas falsas naquela plataforma.
    • Opinião
      Luís Cabral de Moncada
      Opinião

      A democracia à portuguesa

      Para a grande maioria da nossa classe política, a democracia consiste em deixar os cidadãos escolherem o partido político que vai governá-los, sozinho ou em coligação, nos próximos anos. Quer isto dizer que, entenda-se bem, os cidadãos vão sufragar o partido que nos próximos anos irá tudo decidir em vez deles. Nenhum dos partidos maioritários está minimamente interessado em deixar os assuntos que aos cidadãos interessam à liberdade de escolha deles. E os cidadãos, maioritariamente, alinham nisto. E porquê?

      Porque os cidadãos portugueses estão há décadas habituados a tudo esperarem do Estado em vez da cooperação voluntária entre eles. Esta serve no mundo dos negócios mas, fora daí, tudo se espera do Estado, designadamente a educação e a saúde.

      Ora, uma Constituição democrática não fica confinada ao governo central. Apoia-se em instituições democráticas disseminadas pelo todo social e estas vivem da cooperação voluntária dos cidadãos, que é como quem diz da sua livre escolha. Se os cidadãos renunciam à sua autonomia para tudo confiarem ao governo central estão a abdicar da sua liberdade activa e, consequentemente, a abrir portas à opressão travestida de dependência do Estado. A consequência é assistir ao desperdício das melhores forças da sociedade civil, achincalhadas pela feroz competição pelos favores do Estado. A qualidade democrática degrada-se e transforma-se na dependência. É este o actual modo de vida português: uma sociedade civil cujas capacidades apenas parcialmente estão desenvolvidas porque o Governo tem, obviamente, interesse em que se não desenvolvam mais. Os partidos dominantes estão satisfeitíssimos. Pudera. Se a sociedade civil recua, o espaço deixado livre logo é ocupado pela “classe política” e esta cada vez mais se transforma num grupo de ineptos, de pequeninos criados nas tricas partidárias, vivendo às nossas custas e inimigos jurados do mérito. Durante algum tempo tive de conviver com semelhantes energúmenos nas universidades, para onde tentavam entrar quando fora do governo.

      Não esqueçamos que o poder por definição não conhece limites e que sem uma sociedade civil forte e autónoma não há quem o faça parar. Querem um exemplo? Imaginem que a CM de Lisboa pretende agora impor um limite de velocidade, creio de que de 30 à hora, e reservar as melhores faixas de rodagem para as trotinetas. É de manicómio? Parece, mas se a sociedade civil, não se indignar, verão que os partidos políticos tendem a aceitar em nome de conveniências presentes e futuras que os lisboetas não controlam.

      Num governo democrático, a tendência para o aumento da dependência do Estado deve ser encarada com a maior desconfiança. A democracia começa pela sociedade civil e só depois chega ao Estado. Salazar sabia disso muito bem e foi por essa razão que sempre quis impedir o desenvolvimento da sociedade civil, a não ser o de umas dúzias de protegidos. O contrário é deixarmos que os outros pensem por nós e oferecermos as nossas melhores energias e conhecimentos a um conjunto de cromos que dizem querer o nosso bem mas, claro, com a condição de lhes reconhecermos o privilégio de tudo decidirem em nosso nome. O bom governo democrático é o governo limitado. Um Estado sem uma sociedade civil forte é uma feira de horrores.

      Pedro Borges de Lemos
      Opinião

      Senhora procuradora-geral, esqueceu-se da Jéssica?

      Jéssica, a criança que foi brutalmente assassinada no início da semana passada, estava sinalizada desde o primeiro mês de vida pela Comissão de Protecção de Crianças e Jovens. O contexto familiar desta menor era, por si só, um indício fortíssimo para que quer o Ministério Público quer a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens agissem para prevenir o pior. Aliás, outras cinco crianças já não estavam aos cuidados dos mesmos progenitores. Porque estaria esta? Porque não havia uma monitorização da Jéssica? Perguntas para as quais terá de haver uma resposta breve pelas entidades responsáveis. Houve gritos de uma familiar da Jéssica, no seu velório, mas durante três anos estiveram todos calados e indiferentes ao sofrimento da criança, que ainda nem sequer podia articular por palavras os abusos a que alegadamente ficou sujeita. A análise de risco é essencial nestes casos e estas entidades sabem disto, mas descuraram a situação, negligenciaram-na de forma grosseira, e isso é intolerável à luz de um Estado de direito democrático. No banco dos arguidos deverão sentar-se os alegados assassinos materiais, que foram detidos, mas também os representantes da Jéssica, que, neste caso, é o Ministério Público e a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens. Uma palavra também de apreensão pela total anomia da procuradora-geral da República que, nestes casos, deverá assumir a responsabilidade e ela própria dar o exemplo e requerer a sua constituição de arguida. Devemos, de uma vez por todas, responsabilizar em situações como esta as autoridades judiciárias e não mais permitir que se refugiem, ao abrigo do princípio da independência e autonomia, na capa da impunidade. Agora é tarde, a Jéssica já cá não está e, enquanto esteve, ninguém a defendeu. Mas quantas mais Jéssicas, Valentinas e Joanas terão de morrer para que se assumam verdadeiramente responsabilidades institucionais? Quanto aos assassinos materiais, só me conformaria, também enquanto agente do sistema judicial, com o decretamento da prisão perpétua, que terá de ser recuperada em Portugal para situações como esta.

    • Senado
      Ana Rita Cavaco
      Senado

      Sou filha da doença mental

      Sou filha da doença mental. Cresci na fragilidade dos seus braços, encostada aos mimos dos meus avós. Tinha 26 anos quando internaram a minha mãe na Casa de Saúde da Idanha, um dos lugares onde, como diz um amigo, se escreve Amor com letra grande. Percebi, no tempo certo, que há um mundo demasiado sensível e perigoso dentro das nossas cabeças que merece ser cuidado, tratado.

      Talvez esperassem que escrevesse sobre a crise nas urgências de obstetrícia, mas a verdade é que sempre me dei mal em nadar a favor da corrente, quando o mundo se conjuga numa força mais mecânica do que racional. Talvez me quisessem ler no espaço dos lugares-comuns que têm enchido os jornais e as televisões agora, com anos de atraso, como se todos tivessem chegado ontem para ver os problemas do SNS por um pequeno e único buraco na fechadura. De um dia para o outro, felizmente, apareceu gente mais do que suficiente para lutar com energia e empenho em nome das grávidas, das mães e dos pais que tremem perante as dificuldades de acesso aos serviços de urgência.

      Permitam-me, então, que olhe o sistema de saúde pelos olhos de quem se sente profundamente sozinho, perdido, em busca permanente de um sentido que se dissolve em ansiedade, pânico, escuridão. Quero escrever sobre a tristeza profunda, que neste país é coisa de rico. Os pobres não têm direito a problemas de saúde mental - basta olhar para os tempos de espera, por exemplo, para uma consulta de psiquiatria no serviço público. Se for no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, um doente prioritário vai ter de esperar 56 dias, quase dois meses; no São João, no Porto, são 97 dias, e em Coimbra 45.

      Alguém tem noção do que é viver dois dias seguidos mergulhado no vazio? No nada? Numa profunda dor que nos leva ao abismo? No mundo da doença mental, a espera é um passaporte para o inferno, um vaguear constante entre o ir e o ficar. Durante os dias quentes da pandemia, várias foram as vozes que surgiram a alertar para o drama deste tipo de patologia. Sim. Estamos a falar de doença, e não de estados de alma. As doenças diagnosticam-se e tratam-se. É por isso que o ataque ao drama da doença mental só será eficaz com o reforço e reorganização dos meios humanos disponíveis.

      Hoje, mais do que nunca, enfermeiros especialistas em saúde mental, psicólogos e psiquiatras devem construir uma rede forte que começa nos cuidados de saúde primários, com triagem séria e encaminhamento célere. Como em qualquer doença grave, perder tempo é correr riscos desnecessários. A doença mental não escolhe idade ou condição socioeconómica, vive envergonhada no silêncio do estigma. É por isso que o poder político não lhe tem atribuído o devido valor na listagem de prioridades. É preciso lutar, de uma vez por todas, para que o tratamento da doença mental não esteja dependente da abrangência do seguro de saúde ou da capacidade para pagar um tratamento numa clínica privada, lá longe do mundo de todos os dias, onde os vulneráveis acabam a dormir na rua ou a colocar um ponto final no sofrimento porque se cansaram de viver.

      Sou filha da doença mental. A minha mãe adoeceu quando eu tinha um mês e meio. Quero para as mães e os filhos dos outros aquilo que consegui para a minha. Um lugar de Amor, com letra grande, com profissionais de excelência, acompanhamento diário e tratamento eficaz. Mas quero esse cuidado para todos, disponibilizado pelo Estado, a quem entregamos parte da nossa vida em impostos. É por isso que estou disponível para discutir os problemas estruturais do SNS, sem tabus, e sem que essa discussão esteja condicionada a prioridades que não colocam o doente no centro do debate. Aprendi, como enfermeira, que é ele o foco da minha acção, do meu conhecimento e amor profissional. Não desisto de ninguém que precisa do meu cuidado e, talvez mesmo por isso, não aceito que o Estado desista de alguns doentes, sobretudo daqueles que se sentem mais sozinhos e abandonados nas esquinas daquilo a que alguns ainda chamam loucura. Loucos somos todos, sobretudo aqueles que desistiram de escrever Amor com letra grande, em particular no sector da saúde.

      Ana Pedrosa-Augusto
      Senado

      Triste sorte a nossa

      Não consigo ultrapassar o facto de as grávidas em Portugal terem agora de andar de porta de hospital em porta de hospital para perceber se poderão ou não ser atendidas.

      Mas endoideceu tudo? Não compreendemos o grau de stresse, ansiedade e drama que esta emergência comporta? Portugal já tem uma elevadíssima taxa de mortalidade materna (a maior nas últimas quatro décadas) e ainda juntamos estes factores à equação? Assim é difícil haver sorte que resista ao gigante desafio imposto a estas mulheres e a estas famílias.

      Este é um daqueles momentos em que nos questionamos sobre o “grande esquema das coisas”: procuramos atrair os nómadas digitais, discutimos ciclovias (ou melhor, não as discutimos), falamos pela enésima e enjoativa vez da economia do mar e o primeiro-ministro não se cansa de repetir o elevado número de engenheiros que temos, mas há alunos sem professores (e muitos mais haverá) e hospitais, vários, que têm as urgências encerradas. É claro que uma coisa não impede a outra e, racionalmente, sabemos que tudo pode - e deve - acontecer ao mesmo tempo. Mas, bolas, é um daqueles momentos. Não há mesmo governo?

      Tem sido evidente nos últimos dias que a discussão em torno do tema acaba por ser sempre ideológica, na constante luta do público versus privado. Do que uns tentam que seja o bom contra o mau, o herói contra o vilão, o pobre contra o rico. Esquecem-se estes do óbvio: qual música para crianças, isto só vai lá se formos todos amigos. O público precisa do privado, que precisa do social, que precisa do público. O privado precisa do público, que precisa do social, que precisa do privado. Enquanto este preconceito não for derrubado não sairemos deste triste cenário em que nos encontramos. Triste porque, naturalmente, corre mal. Muito mal.

      Quem pode contrata seguros de saúde e recorre, sendo possível, ao privado. Mas todos sabemos que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) é fundamental. É que até quem tem seguros de saúde precisa do SNS (espanto!). Por isso, gritar contra esses “ricos” que recorrem ao privado “depauperando o sector público” quando, na verdade, até o estão a aliviar é apenas contribuir para perpetuar este estado da arte sem em nada colaborar para uma solução ou, pelo menos, para um caminho de construção da mesma. E mais: como se sabe, também esses que tanto gritam usam - bem, e no seu pleno direito - o sector privado. Podemos acabar de vez com a hipocrisia?

      Todos nós somos utentes do SNS. Todos precisamos do SNS. Ninguém quer acabar com o SNS.

      Passámos o ponto de atirar dinheiro para cima do problema. É muito pior. São anos e anos de incapacidade na difícil gestão pública deste pilar da nossa sociedade. Haverá incompetência, sim, sem dúvida, mas o mais grave é mesmo a incapacidade: de assumir que há problemas, de aceitar que há mais quem possa contribuir para o bem comum, de largar a cassete da luta e do preconceito. É hora de acabar com as reuniões de emergência quando estas deveriam ter tido lugar há muito tempo atrás, quando sempre se soube que isto ia acontecer. Haja responsabilidade. Haja planeamento. Haja gestão. O SNS não pode apenas colocar pensos rápidos (assumindo que há dinheiro para os comprar), o SNS tem de cuidar, tratar e salvar pessoas.

      Isto é difícil quando a única coisa que se consegue oferecer aos profissionais de saúde que ingressam e permanecem no SNS é “uma missão”. Quem fica é um herói; quem sai sofre o estigma da renúncia ao Olimpo. Quem resiste tem um prémio de exaustão, falta de vida, péssimas condições de trabalho; quem se afasta pode ganhar mais tempo, mais dinheiro, mais qualidade. Incrivelmente, esta escolha não é óbvia para os profissionais de saúde. Só por isso ainda há quem permaneça.

      A todos estes devemos. A todos estamos gratos e reconhecidos. Mas o Estado que os contrata com os impostos que pagamos deve-lhes muito mais. Já nós, pacientes, merecemos viver com a confiança de que teremos ajuda, se necessária. De forma completa, apta, capaz; não exaurida, com escusa de responsabilidade assinada ou, simplesmente, ausente. Merecemos saber que, pelo menos, a porta não estará fechada. E até deveríamos ambicionar mais, pasme-se, que é não ter de esperar anos e anos por uma consulta ou uma cirurgia.

      Os portugueses têm saúde universal apregoada a plenos pulmões, mas ela não existe verdadeiramente. O PS, o Bloco de Esquerda e o PCP são responsáveis por isto. Juntos, destruíram os vilões que eles próprios criaram e com que permanentemente fantasiam para conseguirem o que sempre terá sido o seu objectivo: pobres mais pobres e dependentes mais dependentes. É este o poder absoluto que nos (des)governa.

      Merecemos mais. As mães merecem mais. Os pais, os avós, os filhos merecem mais. Não me conformo: chegámos ao ponto em que esperar uma porta aberta é, realmente, pedir demasiado. Triste sorte a nossa.

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      Maria Lúcia Amaral: atenta a direitos, liberdades e garantias
      Figura da Semana

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      Marta Temido: a saúde precisa de cuidados intensivos
      Figura da Semana

      Marta Temido: a saúde precisa de cuidados intensivos

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      O cartoon da semana, por A Matilha

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      Boa ou má moeda: as escolhas do NOVO

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    Pedro Borges de Lemos

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Ex-governantes criticam previsões “irrealistas” e demasiado “optimistas” do Orçamento e mesmo Teixeira dos Santos pede “espírito aberto” para ajustar a política orçamental à nova realidade. “O ministro não gosta do termo austeridade mas, na prática, é o que vamos ter”, diz Mira Amaral.
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