Governo incapaz de travar insatisfação social Milhares de trabalhadores de Portugal inteiro vão manifestar-se neste sábado, em Lisboa, para exigir um aumento geral dos salários e das pensões e protestar contra o aumento do custo de vida. “Não vamos cruzar os braços”, avisa a CGTP. “Contestação social veio para ficar e vai aumentar”, diz Arménio Carlos.
Entrevista António Leitão Amaro em “Discurso Directo”: “É bom para o país e para a democracia, haver dois caminhos alternativos” “Discurso Direto” é um programa do Novo Semanário e do Jornal Económico onde todas as semanas são entrevistados os protagonistas da política, da economia, da cultura e do desporto. Veja a entrevista ao vice-presidente do PSD, António Leitão Amaro.
Advogados Defesa de militares acusa Marinha de tentar ocultar avarias do Mondego Garcia Pereira, advogado de defesa dos militares que falharam a missão de acompanhar o navio russo, suspeita que esteja em curso uma manobra de ocultação de provas. “Presume-se que se procure ocultar a existência de avarias”, diz o especialista em direito do trabalho. Associação Nacional de Sargentos está solidária com os 13 marinheiros e elogia “posição de grande dignidade”. Oposição quer mais explicações da ministra da Defesa e aponta o dedo ao desinvestimento nas Forças Armadas.
Tripulantes de cabine da EasyJet em greve no início de Abril Em causa está “o atual momento das negociações, o impasse vivido e a postura intransigente e incompreensível por parte da EasyJet” para melhoria de rendimentos.
Crise financeira “Três quartos das famílias portuguesas estão com dificuldades financeiras”, alerta a DECO Em 2022, a maioria dos quase cinco mil portugueses que responderam ao inquérito da Deco Proteste garantiram que vive com dificuldades financeiras (66%). Já as famílias em situação crítica subiram para os 8% – mais 2% face a 2021. Numa situação dita como confortável, estão apenas 26% dos agregados familiares. Para este ano, a Associação da Defesa do Consumidor revela que “as perspectivas não são mais animadoras, porque a tendência é para que o índice continue a descer.”
Bruxelas defende preços fixos na luz, vizinhos a partilhar energia solar e regulação em crises As medidas constam da proposta da reforma da concepção do mercado de electricidade da União Europeia (UE) para impulsionar as energias renováveis, proteger melhor os consumidores e aumentar a competitividade industrial.
Moscovo desvaloriza mandado de detenção a Vladimir Putin Rússia reagiu à decisão do Tribunal Penal Internacional com ironia. E foi bastante clara: “Moscovo não tem quaisquer obrigações.”
Vladimir Putin Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Putin Estão em causa alegados crimes de guerra, de deportação ilegal de população e de transferência ilegal de população de áreas ocupadas da Ucrânia para a Federação Russa. O executivo de Zelenski já reagiu.
Cultura “Nuestros Nombres”: está de regresso o espectáculo de dança que homenageia Saramago Os bailarinos clássicos Filipa de Castro e Carlos Pinillos vão presentear o público com novo espectáculo no Centro Cultural Olga Cadaval no dia 25 de Março. Romance “Todos os Nomes” serve de inspiração.
Óscares Um triunfo deste e de outros universos. “Everything Everywhere All at Once” ganha sete Óscares, incluindo Melhor Filme O filme realizado por Daniel Kwan e Daniel Scheinert foi o grande vencedor da 95ª edição dos Óscares. “All Quiet in the Western Front” também esteve em destaque. O nomeado português “Ice Merchants” não venceu a estatueta de Melhor Curta-Metragem de Animação.
Selecção Nacional Martínez avesso a rupturas reforça defesa e mantém CR7 Três mexidas apenas em relação ao lote de jogadores que esteve no Mundial: espanhol chamou dois centrais esquerdinos, Gonçalo Inácio e Diogo Leite, e promoveu o regresso de Diogo Jota. O seleccionador tentou falar com Rafa, que não volta. Sobre a chamada de CR7, assume que “não” foi a decisão mais fácil.
Futebol Lisboa, a capital europeia do futebol Benfica e Sporting fazem da cidade onde estão sediados a única capital com duas equipas nas principais provas da UEFA e vão protagonizar uma infernal cimeira luso-italiana. Schmidt e Amorim podiam reunir-se este domingo...
PEV lança Roteiro Ecologista em Lisboa e Oeiras Visita às áreas afectadas pelas inundações de Dezembro marcou a primeira acção do programa dos “Verdes”, que percorrerá o país ao longo deste ano.
Moita Flores lança obra sobre enfarte a que sobreviveu na Feira do Livro “Um Enfarte no Alto do Parque”, que chega às livrarias a 14 de Março, reconstitui a reanimação do escritor, que tinha então 69 anos. Médico cardiologista que o salvou escreve o prefácio.
Miio Miio ultrapassa 4.500 postos para carregamento de veículos eléctricos em Espanha A empresa portuguesa expandiu a sua presença no mercado espanhol. Entre Portugal, Espanha e França, a miio já contabiliza quase 100 mil postos de carregamento.
Opinião Estes são os inimigos e, se não bastarem, vêm outros António Costa não se apressou a reagir ao reparo presidencial à “maioria requentada” mas, quando finalmente se manifestou, foi para garantir que as notícias sobre o requentamento eram manifestamente exageradas. Mesmo que não tenha chegado ao fim o desvario capaz de fazer do XXIII Governo Constitucional uma plataforma giratória com mais partidas do que o aeroporto de Beja, como a espada suspensa sobre a cabeça de Fernando Medina torna evidente, existe uma mudança em curso. Pena é que a mudança tenha sobretudo a ver com algo que não resolve problemas dos portugueses, por muito que seja essencial para quem está a governá-los. Com ou sem ajuda de gurus da comunicação política, António Costa está a retomar o controlo da narrativa. E isso é um regalo para quem terá chegado a ver-se como um piloto que tenta evitar que o avião em voo picado se despenhe com os tanques cheios de combustível. Permite-lhe ganhar tempo para um resto de legislatura que, embora o tempo também passe a correr quando não nos estamos a divertir, está a começar. Com o PS enfraquecido nas sondagens, em que a direita surge com a “maioria aritmética” que Marcelo Rebelo de Sousa também fez questão de catalogar, com as ruas tomadas por um descontentamento que não é monopólio da CGTP, brotando movimentos inorgânicos e sindicatos independentes, e com a subida das taxas de juro, a incerteza quanto à Ucrânia e as “pontas soltas”, na TAP e não só, que não deixam esquecer o que os executivos de Costa fizeram nos Verões (Primaveras, Outonos e Invernos) passados, foi necessário recorrer a Marx para arranjar solução. Afinal, não falta quem diagnostique marxismo na actuação deste executivo. No entanto, apesar do fulgor ideológico de alguns governantes, há que reconhecer que, mais do que de Karl, a inspiração parece vir de Groucho. Tal como o humorista norte-americano terá um dia proclamado que “estes são os meus princípios e, se não gostarem, tenho outros”, nos últimos tempos, o Governo parece coleccionar uma sucessão de inimigos de ocasião que permitem desviar atenções e redireccionar o avolumar de descontentamento com o estado a que isto chegou. Depois dos malvados senhorios que mantêm casas desocupadas onde podia viver gente, candidatos a um arrendamento coercivo que vozes insuspeitas garantem não ser exequível operacionalizar, a ofensiva virou-se para os malvados patrões da grande distribuição, cujas margens de lucro são, supostamente, únicas responsáveis pelo desporto radical em que se transformou cada incursão num supermercado. Claro que deveria haver mais construção pública, mas isso acrescentaria despesa pública, e que era possível reduzir o IVA dos bens essenciais, mas isso retiraria receita pública. Mais fácil e mais barato será arranjar uma entidade externa, de preferência pouco relevante em número de votos, a quem culpar. “Estes são os inimigos e, se não bastarem, vêm outros”, poderia dizer António Costa, com um charuto na boca, após deixar crescer o bigode.
Opinião Habitação, uma visão lógica - Parte 3 Nos dois artigos anteriores concluímos que a única forma de alargar a possibilidade de viver numa cidade a mais pessoas seria aumentar o parque habitacional e que esse aumento dificilmente poderia ser feito recorrendo aos devolutos privados. Esse alargamento da possibilidade de viver numa cidade terá, então, de ser feito com nova construção. A nova construção poderá ser promovida, em teoria, por entidades públicas ou privadas. Neste texto focar-me-ei na promoção por entidades públicas. A promoção de construção de habitação por entidades públicas justifica-se mais facilmente quando o objectivo é o alojamento de grupos específicos (estudantes e alguns funcionários públicos) obrigados a estabelecer-se em determinadas localizações por factores externos ao seu controlo, nomeadamente a concentração de serviços públicos (universidades, hospitais, defesa nacional) em certos locais. A habitação para pessoas em situações de carência enquadra-se nas funções sociais do Estado e, seja qual for o formato, é algo que a maioria das pessoas aceitam que tem de existir. O programa de realojamento que acabou com as barracas em muitos concelhos do país foi um bom exemplo disso. Esse realojamento pode ser feito de formas diferentes, misturando as pessoas realojadas em edifícios comuns (tendo a vantagem de não criar guetos) ou criando edifícios especificamente para esse propósito (tendo a vantagem de manter relações de vizinhança anteriores que, em muitos casos, são fundamentais na vida das pessoas realojadas). A dúvida aparece sempre mais quando se fala na habitação para as chamadas “classes médias”. A dúvida aparece porque o financiamento do Estado de habitações para a classe média, normalmente, faz-se à custa dos impostos pagos pela restante classe média. Enquanto garantir habitação para pessoas desalojadas ou a viver em situação precária com o dinheiro de pessoas com mais rendimentos pode parecer justo socialmente, usar o dinheiro de pessoas de classe média para um benefício a outras pessoas de classe média já pode introduzir um sentimento de injustiça. Esse sentimento de injustiça aparece, primeiramente, porque nenhum programa de promoção público irá servir toda a classe média, pelo que teremos sempre uma pequena parte da classe média a ganhar e uma parte (muito maior) a financiar. Esse sentimento de injustiça será maior quando esse financiamento acontecer antes de todas as pessoas em situação precária terem acesso à sua habitação digna. Faz mesmo sentido investir em casas de 400 mil euros em Lisboa enquanto, em Almada, ainda moram pessoas em barracas? Podendo o Estado construir casas que valem 400 mil ou 500 mil euros no centro de Lisboa, não seria socialmente mais benéfico vendê-las para obter o dobro das casas a metade do preço noutras zonas do país? O objectivo de uma política pública de habitação deve ser povoar Lisboa ou atribuir habitação condigna ao maior número possível de pessoas?
NOVO num minuto O NOVO desta semana já está disponível nas bancas de todo o país e no site onovo.pt, para os nossos assinantes digitais. Folheie a edição deste sábado num minuto.
Cultura A guerra suja da Ucrânia vista por dois repórteres portugueses Cândida Pinto e David Araújo têm feito a cobertura da guerra na Ucrânia para a RTP. Leonardo Ralha- Autor marcado para seguir 06.03.2023, 16:14
Cultura Quinteto na favela da Rocinha antes e depois da pacificação Geovani Martins esteve em Portugal para promover o seu romance “Via Ápia”. Leonardo Ralha- Autor marcado para seguir 27.02.2023, 12:30
Cultura Seis mulheres que viveram a guerra para a noticiarem Entre as histórias de seis pioneiras do jornalismo de guerra contadas por Judith Mackrell no livro “As Enviadas Especiais”, há vários episódios literalmente na linha da frente da Segunda Guerra Mundial. Leonardo Ralha- Autor marcado para seguir 20.02.2023, 13:04
Cultura Tudo sobre a sua mãe num romance à volta de um filme Vicente Alves do Ó, que também é argumentista e realizador de cinema, tem neste “Que a Vida nos Oiça” o seu terceiro livro. Leonardo Ralha- Autor marcado para seguir 13.02.2023, 14:37
Cultura Exercício de surrealismo muito distante da bulgaridade Para as personagens de “O Púcaro Búlgaro” nem sequer é claro que exista o país da Catedral de Alexandre Nevsky, um dos símbolos de Sófia. Leonardo Ralha- Autor marcado para seguir 06.02.2023, 12:25
Cultura O mistério da igreja sevilhana que matava para se defender Arturo Pérez-Reverte escreveu “A Pele do Tambor” em 1995, mas o seu romance foi adaptado ao cinema no ano passado. Leonardo Ralha- Autor marcado para seguir 30.01.2023, 14:02