O presidente do PSD, Rui Rio, foi esta segunda-feira à Barragem do Alto do Lindoso, concelho de Ponte da Barca, para falar do problema da seca e criticar a estratégia do Governo.
Apesar da iniciativa servir para fazer oposição ao PS, Rui Rio acabou por ser confrontado com a vida interna do PSD. Afinal era o primeiro momento em que aparecia em público após o conselho nacional social-democrata do passado Sábado, em Barcelos. Que serviu para lhe impor um prazo rumo ao processo eleitoral interno: 20 dias.
Rui Rio, que no seu discurso aos conselheiros, se afirmou disponível para sair até 30 de Junho, não foi suficientemente assertivo nesta posição. Mais, apontou outros cenários, designadamente, a hipótese de ir até ao final do ano à frente dos destinos do PSD. Esta segunda-feira decidiu pedir “serenidade” e “tranquilidade”.
“Há muita gente que anda a falar em público sobre a situação do PSD e isso é prejudicial para o PSD. Não preciso de vir eu pôr mais achas para a fogueira. Na posição em que estou compete-me fazer o contrário. Tentar impor ou conseguir alguma serenidade, tranquilidade para que o PSD saia disto com alguma credibilidade”, defendeu o líder do PSD, citado pela Lusa.
Na prática, Rio deverá convocar uma reunião da comissão política nacional para definir o cronograma interno do PSD, de directas e congresso electivo, na próxima semana e meia, mas ficou claro que será ele a definir o processo. E mantém-se a intenção de sair até 30 de Junho, apurou o NOVO.
Sobre o que levou Rui Rio à Barragem do Alto do Lindoso, o presidente do PSD criticou o Governo pela falta de planeamento do problema da seca: “Quem olha para estas imagens percebe automaticamente que estamos na pior situação que alguma vez esta barragem teve na sua história. Isto mostra que o Governo esteve a dormir e não esteve, a tempo e horas, atento para não permitir que a EDP não tivesse produzido mais energia do que aquela que era possível produzir face à situação de seca em que estamos”, afirmou Rio em directo na RTP3.