Nasceu, esta quinta-feira, o Partido Democrata Europeu (PDE), um novo partido eurofederalista de centro, em Portugal. A apresentação decorreu na Fundação Cidade de Lisboa e contou com a presença dos principais dirigentes, alguns oriundos do Volt Portugal.
Num país em que “ser moderado não está na moda”, Tiago Matos Gomes, fundador e presidente do PDE, escolheu o Dia Internacional da Democracia (15 de Setembro) para apresentar o seu novo projecto, um partido de centro, ecologista e eurofederalista.
Além do líder do partido, ex-jornalista e licenciado em Ciências da Comunicação, estiveram também presentes os vice-presidentes Tiago Batista Romão e Rebeca Steingräber Gradíssimo, bem como João Sousa, o líder da juventude partidária. A cerimónia contou ainda com a presença do secretário-geral do European Star Party (ESP), partido do qual o PDE será subsidiário.
Perante a audiência, os dirigentes lamentaram o estado em que Portugal se encontra, com uma economia estagnada “desde 2000” e serviços públicos “em degradação”. A solução que propõem é o federalismo europeu, um objectivo que não implica uniformizar o continente. “Isso seria um erro”, admite o presidente, garantindo que, na Europa que defendem, “Portugal continuará a ser Portugal”.
Também a Ucrânia terá um partido subsidiário do ESP. Foi formado na cidade de Zaporíjia e conta já com uma equipa partidária. O anúncio surgiu através de um curto vídeo, onde se pôde ver os dirigentes ucranianos a segurar uma bandeira da União Europeia, à qual o país ainda não pertence.
A ideia do PDE, diz Tiago Matos Gomes, nasceu em Dezembro de 2021, quando ainda estava envolvido no Volt Portugal. Chegou a ser candidato à Câmara Municipal de Lisboa, em 2019, mas acabou por sair, acusando o partido de tomar um posicionamento “à esquerda do PS”.
O presidente diz, por isso, querer um projecto que regresse àquela que foi a sua ideia inicial para o Volt, um partido sem “dogmas ideológicos”. Caso seja eleito, quer que os deputados se sentem entre o PS e o PSD, procurando ocupar um espaço que afirma ter sido deixado em branco no espectro político português: o centro. No Parlamento Europeu, ao qual também serão candidatos, pretendem sentar-se entre o P&D e o PPE, incorporando a família europeia do Renew Europe.
O dia 15 de Setembro, além de marcar oficialmente a data de nascimento do Partido Democrata Europeu, será também o dia predilecto para as rentrées políticas. “Uma estrela que em breve será uma constelação”, é o que ambicionam os dirigentes daquele que é, agora, o mais jovem partido político em Portugal.