Ao mesmo tempo que tenta apagar alguns fogos, como a crise da habitação e a especulação de preços nos supermercados, o Governo vê a insatisfação a aumentar e a maioria social que o apoiou há um ano a esvanecer-se. Sintomas disso são as greves e manifestações de vários sectores, em particular a luta dos professores, mas o descontentamento é generalizado e a tendência é para que, cada vez mais, tenha expressão nas ruas.
Esta é a convicção da CGTP, que marcou para este sábado uma manifestação nacional em Lisboa. Ana Pires, da comissão executiva da Intersindical, fala de um “sentimento de indignação muito grande, tanto no sector público como no privado”, e conta, por isso, com uma “adesão muito significativa” ao protesto.
São esperados em Lisboa este sábado centenas de autocarros, de todos os distritos do país, e foram também reservados comboios para trazer trabalhadores ao protesto. A somar a estas contas há ainda a mobilização que não vem em transporte organizado, mas que também tem peso, sobretudo dos distritos de Lisboa e de Setúbal.
Socialistas defendem que o Governo tem actuado no que pode, lembram “condicionantes” e têm esperança de que a contestação abrande à medida que a inflação diminuir, mas a incerteza é grande. Com vários fogos por apagar, desde a crise na habitação à especulação dos preços, António Costa avança com mais medidas de apoio às famílias, que dará a conhecer na próxima semana.
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