Deputados apanhados em grupo de pirataria

O NOVO encontrou seis deputados num grupo de pirataria do Telegram dedicado à partilha ilegal de jornais e revistas. Garantem ter sido adicionados sem o seu consentimento, mas só abandonaram o chat depois de terem sido confrontados com esta ilegalidade. Associação de direitos de autor defende que, para lá das consequências legais, os parlamentares perdem “idoneidade” para continuar no cargo.

Jornais e revistas são partilhados diariamente num grupo de pirataria do Telegram - Jornais e Revistas (PT) - entre mais de 60 mil utilizadores que compactuam com o crime de usurpação, lesando o sector em milhões de euros. Na longa lista de membros, o NOVO encontrou seis deputados da Assembleia da República: Rita Matias (Chega), Bruno Nunes (Chega), Rui Afonso (Chega), Mónica Quintela (PSD), Rui Vilar (PSD) e Carla Castro (IL). A Gedipe - Associação para a Gestão de Direitos de Autor, Produtores e Editores já levou, no ano passado, o Telegram a tribunal e agora pede mão pesada para os parlamentares.

Mas o que faz deste um dos grupos mais populares da aplicação de envio de mensagens instantâneas e partilha de ficheiros? A resposta é simples: acesso gratuito e ilimitado, à distância de um clique, a uma infinidade de jornais e revistas nacionais. E a organização é de tal forma profissional que, segundo fontes relataram ao NOVO, a actividade começa às primeiras horas da madrugada. Por volta das seis horas, os primeiros jornais do dia vão chegando ao famoso grupo de pirataria e, pelas nove, toda a imprensa disponível em versão digital já lá está, a custo zero.

O NOVO ouviu os parlamentares envolvidos e todos alegam terem sido adicionados sem o seu consentimento. Leia a reportagem completa na edição que está, esta sexta-feira, dia 3 de Junho, nas bancas.

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