O presidente da concelhia do PS de Lisboa, Davide Amado, apresentou a demissão, esta segunda-feira, depois de ter sido acusado pelo Ministério Público de participação económica em negócio e abuso de poder, avança a TVI/CNN.
A demissão acontece 24 horas depois de o canal televisivo ter dado a conhecer que o socialista é acusado de participação económica em negócio e abuso de poder, num alegado esquema que terá lesado a Santa Casa da Misericórdia em mais de um milhão de euros.
Davide Amado justifica a demissão, numa nota publicada nas redes sociais, com a necessidade de evitar que a acusação de que foi alvo possa ser usada como um ataque ao PS, e assegura que irá provar a sua inocência.
O socialista renunciou também ao cargo de presidente da Comissão da Assembleia Municipal de Lisboa para os Assuntos Sociais, Transparência e Combate à Corrupção, mas manter-se-á como presidente da Junta de Freguesia de Alcântara.
De acordo com a acusação do Ministério Público, a que a estação televisiva teve acesso, Amado é acusado de ter gerido várias empresas criadas para forjar ajustes directos com a Santa Casa da Misericórdia, entre 2012 e 2014, que ultrapassam os 2 milhões de euros.
Além do socialista, o Ministério Público acusou mais oito arguidos, entre eles Helena Lopes da Costa, vogal da mesa da Santa Casa da Misericórdia com o pelouro da Saúde até 2016 e antiga vereadora do PSD na Câmara de Lisboa. Além disso, há ainda dois empresários envolvidos, um dos quais será conhecido de Helena Lopes da Costa, um contabilista e a assessora da antiga vogal da Santa Casa, que à data seria namorada de Davide Amado.
O cargo de presidente da concelhia do PS de Lisboa será agora assumido por Marta Temido, sabe o NOVO. Depois de ter deixado o Governo, Temido estreou-se como candidata a uma estrutura interna do partido enquanto número dois da lista de Davide Amado à concelhia de Lisboa, que acabou por vencer as eleições de 7 e 8 de Outubro.
