Trabalhadores da Lusa confirmam greve

Paralisação mantém-se nos dias 30 e 31 de Março e 1 e 2 de Abril. Trabalhadores exigem actualização de salário, depois de “mais de uma década sem aumentos salariais reais”.

Os trabalhadores da Lusa votaram, esta quarta-feira, em plenário, a favor de manter a greve de quatro dias prevista para 30 e 31 de Março e 1 e 2 de Abril. A manutenção foi aprovada com 105 votos a favor. Por outro lado, 28 trabalhadores votaram pelo adiamento da paralisação enquanto decorrerem as negociações salariais. Três pessoas abstiveram-se.

Além disso, os trabalhadores reduziram de 120 para 100 euros a proposta de aumento salarial apresentada à administração da Lusa, com sete votos contra e quatro abstenções.

Na segunda-feira, a administração apresentou uma contraproposta aos sindicatos dos trabalhadores da Lusa, aumentando o valor da actualização salarial dos 35 euros iniciais para 74 euros.

Em comunicado enviado às redacções, os sindicatos da Lusa congratularam-se com esta revisão da proposta da administração, ainda assim insuficiente, e que só foi conseguida depois de semanas de luta.

“Os trabalhadores da Lusa precisam e merecem mais aumentos salariais”, lê-se no comunicado. “A luta provou que dá frutos.”

Com esta paralisação de quatro dias, os trabalhadores exigem “maiores aumentos, depois de mais de uma década sem aumentos salariais reais”.

Sindicatos saúdam decisão dos trabalhadores

“Os representantes sindicais do SJ, SITE e SITESE saúdam os trabalhadores da Lusa pela vontade que mostraram hoje em plenário de continuar a lutar pelos aumentos salariais a que têm direito e esperam que isso tenha repercussão na greve, pois consideram que pode ser muito importante não só para este mas também para futuros processos de luta”, lê-se em comunicado, em que mostram abertura para “continuar a negociar e suspender a greve, se a administração for ao encontro das expectativas dos trabalhadores.”

O SJ, SITE e SITESE apelam ainda à participação “não só na greve como nas concentrações previstas, em Lisboa e Porto”.

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