Importância da saúde mental para os jovens é um ponto sem retorno

A saúde psicológica estava a ser mais valorizada entre os jovens ainda antes da covid-19. Com a pandemia, a preocupação com o bem-estar mental aumentou, assim como a procura pelos serviços de psicologia nas escolas secundárias e no ensino superior. Especialistas frisam a importância de dotar toda a população de maior literacia sobre a saúde mental.



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A saúde mental é um dos temas em foco na sociedade portuguesa, prevalecendo cada vez mais a importância do bem-estar mental entre as pessoas. A pandemia deu um destaque maior à saúde mental. No entanto, particularmente entre os mais jovens, que fruto da sua idade, da aprendizagem na gestão das emoções e das relações sociais encaram diversos problemas que podem colocar em causa o seu bem-estar mental, verificou-se ainda antes da pandemia uma atenção notória relativamente à saúde psicológica - algo que depois aumentou.

“Com a pandemia, a psicologia e procura de apoio psicológico é algo que tem sido muito mais falado, reconhecido como importante, sendo reconhecida também a intervenção dos psicólogos como capacitante para as pessoas se tornarem mais resilientes e encontrarem formas mais positivas de lidarem com as suas situações de vida. Isto aumentou e sente-se de uma forma significativa nos contextos escolares e universitários, nomeadamente com três vezes mais procura pelos serviços de psicologia nestes contextos”, diz Sofia Ramalho, vice-presidente da Ordem dos Psicólogos Portugueses, em declarações ao NOVO, citando números da ordem. Esta mudança está a quebrar o tabu que durante tantas décadas subsistiu na procura de ajuda face a problemas do foro emocional e psicológico. “Isto é algo que acho que já não terá mais retrocesso”, frisa Sofia Ramalho.

Os especialistas contactados pelo NOVO apontam que ainda há um longo caminho a percorrer, mas os sinais presentes são optimistas. “Não passámos dos zero aos cem, mas temos, claramente, um crescendo de desestigmatização. Têm-nos surgido, na participação em projectos de investigação, nas pessoas que chegam até nós, mais pessoas com muito mais facilidade em dizer ‘acho que não estou bem, preciso de ajuda’. Isto é muito positivo porque nos permite intervir de uma forma muito mais precoce”, afirma Cristina Canavarro, coordenadora da Unidade de Psicologia Clínica Cognitivo-Comportamental (UPC³) da Universidade de Coimbra.

Leia o artigo na íntegra na edição do NOVO que está, este sábado, dia 1 de Outubro, nas bancas.

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