São 27 as maternidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS) que estarão em funcionamento pleno durante o Verão. A maioria (14) encontram-se na região Norte. Em contrapartida, nove têm dias de encerramento agendados e duas estarão fechadas para obras.
Um dos blocos de parto que vai estar encerrado durante o Verão é o do Hospital Santa Maria, tal como o NOVO tinha avançado na edição impressa deste fim-de-semana. A maternidade do maior hospital de Lisboa e Vale do Tejo vai estar fechada entre oito meses a um ano, para “extensas obras”.
De acordo com o cartaz “Nascer em seguranças no SNS Verão 2023”, no âmbito do sector da urgência de ginecologia/obstetrícia e blocos de partos, divulgado pelo SNS, no universo de 41 maternidades do Serviço Nacional de Saúde, 27 estarão em funcionamento pleno. À margem dessas 27, três dizem respeito ao sector privado, todas localizadas na região Lisboa e Vale do Tejo.
Por sua vez, nove maternidades têm dias de encerramento agendados, oito na região Lisboa e Vale do Tejo e uma na região do Algarve, e duas estão deslocalizadas para obras, ambas na região Lisboa e Vale do Tejo.
Oito maternidades na região Lisboa e Vale do Tejo
Na região Lisboa e Vale do Tejo, a mais afectada com fechos de maternidades, oito maternidades estarão encerradas, durante o Verão, e duas deslocalizadas para obras.
O Hospital Distrital de Santarém; o Hospital de Vila Franca de Xira; o Hospital Beatriz Ângelo, em Loures; Hospital Prof. Dr. Fernando Fonseca, Amadora-Sintra; o Hospital Garcia de Orta, em Almada; o Centro Hospital de Setúbal e Hospital São Bernardo, em Setúbal irão encerrar 26 dias, no total, entre Junho e Setembro, às sextas, sábados e domingos, intercalando os fim-de-semanas, sendo que as quinta-feiras anteriores a esse período terão serviços com Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU).
Também encerrada estará a maternidadede do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, no Hospital S. Francisco Xavier, em Lisboa. No entanto, são dois dias em Junho, aos sábados e domingos, também intercalando os fim-de-semanas, sendo que, nas sexta-feiras anteriores a esse período, terão serviços com CODU. A partir de 1 de Agosto, a maternidade prevê capacidade de resposta reforçada.
Por sua vez, o Centro Hospitalar do Oeste, nas Caldas da Rainha, vai fechar para obras de reabilitação a partir de 1 Junho, sendo que o serviço será relocalizado para o Centro Hospitalar de Leiria. O Hospital de Santa Maria, em Lisboa, encerra para obras a 1 de Agosto, com serviços concentrados no Hospital S. Francisco Xavier.
Também o Centro Hospitalar Barreiro-Montijo, no Barreiro, regista dois dias de encerramento por semana, agendados entre Junho e Setembro, todas as terças e quartas-feiras, sendo que às segunda-feiras anteriores a esse período terão serviços com CODU.
Já o Hospital de Cascais; a Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa; e o Centro Hospitalar Médio Tejo, em Abrantes, estarão em pleno funcionamento e com capacidade de resposta reforçada.
Por sua vez, as maternidades do sector privado estarão abertas com regime de convenção com o SNS, com capacidade de resposta complementar ao SNS e a orientação de grávidas efectuada pelo CODU/INEM.
Região Norte e Alentejo sem maternidades fechadas
No norte do país, estarão em funcionamento pleno, as maternidades do Unidade Local de Saúde do Nordeste, em Bragança; do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, em Vila Real; da Unidade Local de Saúde do Alto Minho, em Viana do Castelo; do Hospital de Braga; do Hospital Senhora da Oliveira, em Guimarães; o Centro Hospitalar do Médio Ave, em Vila Nova de Famalicão; do Centro Hospitalar de Póvoa de Varzim-Vila do Conde, na Póvoa de Varzim; da Unidade Local de Saúde de Matosinhos; do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa, em Penafiel; do Centros Hospitalares Universitários de S. João e de Santo António, no Porto; do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia-Espinho, em Vila Nova de Gaia; e do Centro Hospitalar de Entre-Douro e Vouga, em Santa Maria da Feira.
Já no centro, as maternidades em funcionamento pleno, são as seguintes: Centro Hospitalar do Baixo Vouga, em Aveiro; do Centro Hospitalar Universitário de Coimbra; do Centro Hospitalar Tondela-Viseu, em Viseu; da Unidade Local de Saúde e do Hospital Sousa Martins, na Guarda; da Unidade Local de Saúde de Castelo Branco; do Centro Hospitalar Universitário da Cova da Beira, na Covilhã; e do Centro Hospitalar de Leiria, que terá capacidade de resposta forçada.
Na região Alentejo, a maternidade do Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano, em Portalegre; o Hospital do Espírito Santo, em Évora; e a Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, em Beja, estarão abertas.
Por fim, na região do Algarve, a maternidade do Centro Hospitalar Universitário do Algarve, em Faro, estará aberta, enquanto no Centro Hospitalar Universitário do Algarve, em Portimão, o serviço estará 18 dias encerrados, entre Junho e Setembro, aos sábados e domingos, intercalando os fim-de-semanas, sendo que as sexta-feiras anteriores a esse período terão serviços com CODU.
Tanto o fecho do bloco de partos do Santa Maria, noticiado pelo NOVO na sua última edição, como o da maternidade do hospital das Caldas da Rainha se devem a obras de requalificação previstas. Para prevenir não só o impacto dessas obras, mas também os constrangimentos do Verão, o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, adiantou que o SNS vai realizar convenções com entidades privadas e sociais para realização de partos.