A via amarga de quem começou no crime aos 14 anos e acabou internado

João, 18 anos, passou dos pais para a madrinha, da madrinha para as drogas e o crime, do crime para a retirada à família e ao centro educativo Padre António Oliveira, em Caxias. Aqui é um dos 15 jovens internados. “Eles podiam chegar aqui mais cedo”, lamenta a directora Sandra Borba.

“ Deixa para trás o que não te leva para a frente”. A frase pequena em papel colada na parede grande de um quarto que é como uma cela, chama a atenção. “Retirei esta frase da internet, nem sei quem a inventou. Faz todo o sentido tê-la ao pé de mim, significa muito”, conta João, 18 anos, que se encontra na recta final de uma medida de internamento de dois anos no centro educativo Padre António de Oliveira, em Caxias, por assaltos, dano, rapto. João é um dos 15 rapazes, com idades dos 15 aos 19 anos, que está internado no edifício que é o antigo convento da Cartuxa, a poucos metros da prisão para adultos de Caxias e do respectivo hospital prisional .

Muitos dos que continuam a vida no crime passam do portão de fecho centralizado dos centros educativos para o portão mais assustador de um estabelecimento prisional. Em média, nos últimos dois anos, seis menores por semana andam a praticar assaltos na rua em Lisboa e no Porto, segundo uma estatística da PSP divulgada no início de Maio.

Leia o artigo na íntegra na edição impressa do NOVO, nas bancas a 9 de Junho de 2021.

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