Somos pobres, vivemos num país pobre e cada vez nos afundamos mais em pobreza. Pobres que trabalham. Pobres que se esforçam. Pobres que estudam. Pobres.
António Costa e seu bando apregoam a grande qualificação dos portugueses. Então e o resto? O que fazem os portugueses com essa magnífica qualificação? Vão ganhar oitocentos euros? (Claro que saem daqui)
Perante esta pergunta a resposta governamental é sempre evasiva: o problema é da habitação, que é cara, porque há especulação, porque o “imobiliário” é mau. O que é preciso é subsidiar tudo e todos e fazer “casas que as pessoas podem pagar”. Esta é a frase do momento. Não tem significado, mas é a frase do momento.
O certo é que isto mostra como o “sistema” não tem nada para nos trazer porque não responde a nada ou responde a muito pouco. Permanece opaco e inapto. Vimo-lo bem na recente entrevista do Primeiro-Ministro.
Não explica porque é que os encargos sociais sobre o trabalho são tão elevados. Este é um país que não estimula a ambição de ganhar mais porque isso implica ganhar menos – se ganha mais sobe de escalão de IRS, o Estado retém uma importância maior e portanto o rendimento mensal diminui (isto cabe na cabeça de alguém?).
Não promove a natalidade, porque por muito (pouco) que se fale, não há qualquer preocupação com as crianças. Onde ficam? Quem cuida (já nem menciono quem educa)? Por quanto? Vale a pena ser fora quando o salário é de oitocentos euros?
Não fomenta a geração de riqueza, foge de palavras que diaboliza (lucro, empresa, ambição, dividendo, esforço, sacrifício), e proíbe, expressa ou implicitamente, palavras e comportamentos concebidos na cabeça de uns quantos iluminados como “fora de norma”. Tudo aqui tem que caber na regra governamental, qual maçã lustrosa no supermercado, quando, na verdade, sabemos bem que qualidade não é necessariamente conformidade.
Não concebo como se odeia a riqueza. Financeira e de espírito. Como se procura a pequenez. Como se mantém e ativamente se procura manter a dependência das pessoas quanto ao Estado.
Que medo que há de gente livre!
Que receio tem este país daqueles que vivem bem e felizes.
Dos que sentem ou querem sentir mais do que uma básica necessidade de sobrevivência.
Dos que querem respirar, correr, gritar!
Somos um país pobre sem rumo e sem ambição, governado por um PS com o apoio de esquerdas radicais que aceita que quem nasce pobre, vive e morre pobre. Não só aceita como promove essa pobreza através de subsídios permanentes em lugar de acompanhamento transitório nos momentos em que é necessário apoio.
Este é o governo central, tão mimetizado por vários municípios. PS que perpetua PS (com CDU e Bloco de Esquerda).
O exemplo de Lisboa é o espelho do que descrevo e isso ficou perfeitamente evidente no debate televisivo da semana passada. O produto que Fernando Medina vende não é apto para construir o futuro de quem vive nesta cidade.
É que nós que aqui vivemos e trabalhamos não queremos mais pobreza, queremos RIQUEZA.
Não queremos perpetuação de dependências, queremos AUTONOMIA.
Não queremos amarras, queremos LIBERDADE.
É óbvio que nada mudará sem uma atitude proativa de cada um de nós. Como já antes referi, integro a lista da Iniciativa Liberal à Câmara Municipal de Lisboa. Porque acredito que temos que ter as rédeas da nossa própria vida, demasiado importante para ser deixada à sorte. A sorte constrói-se: neste caso, com vereadores e deputados municipais liberais. Em Lisboa e no País. São eles que tudo farão para que todos sejamos gente livre nas cidades. Para construir finalmente um país sem medo da gente livre.