Vítimas de abusos na Igreja vão iniciar luta para serem indemnizadas

A associação Coração Silenciado, criada por vítimas de abuso sexual na Igreja Católica, vai iniciar uma campanha para obrigar os responsáveis eclesiais a indemnizar os que sofreram aquele tipo de sevícias. Cristina Amaral, envolvida na iniciativa, entregou ao Papa uma fotografia de quando tinha seis anos com a frase escrita atrás “A dor não prescreve”.

“Por favor, não nos abandone, pois não haverá outro Papa Francisco.” O chefe da Igreja Católica ouviu, “visivelmente envergonhado”, e “várias vezes pediu perdão”.

Cristina Amaral, vítima de abusos sexuais sofridos em criança quando frequentava um colégio gerido por freiras, em Coimbra, conta que viu o Papa com o rosto de quem sofre, tendo ambos apertado as mãos, mas confessa que aquele encontro na Nunciatura Apostólica, no dia 2 de agosto, no contexto da Jornada Mundial da Juventude, não apagou a dor que ainda sente e garante que vai lutar para que a Igreja se responsabilize pelo mal causado “em nome de Deus”, pagando indemnizações às vítimas.

Esta posição clara está assumida pela associação Coração Silenciado, que Cristina Amaral, 52 anos, integra, ao lado de António Grosso, 70 anos, ambos vítimas de abusos por responsáveis da Igreja. Ao NOVO revelaram que em breve será iniciada uma campanha nacional, “com cabeça, tronco e membros”, para que seja indemnizado quem sofreu aquele tipo de sevícias.

Leia o artigo na íntegra na edição do NOVO que está, este sábado, dia 26 de agosto, nas bancas