“Temos de ter a autoestima da lusofonia”
Moçambicano, de 57 anos, é fundador de um dos maiores conglomerados do seu país, Intelec Holdings, e preside à confederação empresarial da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CE-CPLP). Esta entidade quer consolidar o pilar económico da CPLP.
A confederação empresarial da CPLP organiza na próxima semana, entre 5 e 7 de Maio, mais um fórum empresarial da CPLP, em Malabo, na Guiné Equatorial. Em entrevista ao NOVO, Salimo Abdula explica que o encontro permitirá promover negócios e refinar a estratégia da CPLP na área económica.
Como funciona a confederação empresarial?
A confederação empresarial da CPLP é um órgão consultivo, não executivo, da CPLP. A partir de 2014, passou a haver um presidente eleito, em mandatos de quatro anos. Estou a menos de dois anos do meu último mandato e gostaria de deixar um legado de abertura. Saímos de uma confederação fechada, com meia dúzia de pessoas com escassa representatividade, para uma confederação mais abrangente. Sendo os representantes do setor empresarial, apresentámos um plano de trabalho à secretaria executiva da CPLP, visando fortalecer o pilar económico.
O que dizia esse plano?
Considerávamos que a criação do pilar económico da CPLP devia prever ferramentas como, por exemplo, a livre circulação de pessoas, de bens e de capitais. Também apresentámos a proposta para a criação de um banco de desenvolvimento. Inventariámos os setores que podiam contribuir para uma economia forte, por exemplo, o setor agroindustrial, que pode ser importante na comunidade de falantes de português, pois algumas das maiores reservas de água e de terra estão nos nossos territórios. Aproveitando as centenas ou milhares de pequenas e médias empresas com capacidade tecnológica de Portugal e Brasil, poderíamos transformar a comunidade num grande produtor de alimentos.
Leia na íntegra na edição impressa do NOVO, nas bancas a 30 de Abril de 2021.