Eis que esta semana o futebol invadiu o nosso quotidiano, desta feita com o anúncio de uma Superliga Europeia, sob a forma de um modelo competitivo que, de já há algum tempo a esta parte, tem pairado sobre os bastidores do futebol europeu.
Teríamos, então, uma competição essencialmente fechada, à semelhança da liga norte-americana, da NBA ou da NHL, com a participação de 20 clubes de topo, dos quais 15 seriam permanentes e os restantes cinco convidados, em função de critérios desportivos. Sucede que à hora a que termino de escrever este artigo, Arsenal, Chelsea, Liverpool, Manchester City, Manchester United, Tottenham, Atlético Madrid, AC Milan, Inter Milão e Juventus tinham já renunciado ao projecto, restando Barcelona e Real Madrid, todos com o propósito inicial de encaixarem cerca de 400 milhões de euros por edição da competição. Tal movimento revolucionário mereceu enérgica reprovação e sérias ameaças por parte da UEFA e da FIFA, avizinhando-se um longo diferendo judicial em torno da legislação europeia sobre as regras da concorrência e do associativismo, tal como sucedeu em torno da criação da EuroLiga de basquetebol ou da validade das regras de elegibilidade da Federação Internacional de Patinagem, em que a intervenção dos tribunais europeus será determinante.
*Advogado
Leia o artigo na íntegra na edição impressa do NOVO, nas bancas a 23 de Abril de 2021.