Seis meses de Paulo Raimundo: “O PCP é o que é e assim quer continuar”
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Garantindo que não está disponível para “descaracterizar” o partido,
o secretário-geral do PCP tem tido uma agenda preenchida, endureceu o discurso em relação ao PS, mesmo não rejeitando o diálogo. Acredita que, apesar das sondagens, vai crescer em votos. “O PCP esteve lá sempre”, diz João Frazão ao NOVO, mas realça que “a História não se repete”
Seis meses após suceder a Jerónimo de Sousa, Paulo Raimundo, até então desconhecido dos portugueses, ganhou protagonismo e percorreu o país em inúmeras actividades do PCP. Com o objectivo de dar novo fôlego ao partido depois dos maus resultados nas últimas eleições, o secretário-geral manteve a linha ideológica, mas o fim da geringonça permitiu-lhe endurecer o discurso em relação ao PS. “O partido é o que é e assim quer continuar”, disse, numa entrevista ao jornal Avante!.
Nessa entrevista, três meses após ter sido eleito secretário-geral, a 12 de Novembro de 2022, aproveitou para esclarecer uma das suas declarações mais polémicas: a possibilidade de reintegrar os renovadores. “Não incluímos nesse apelo quem, invocando essa designação, se propôs descaracterizar o partido, abandonar a sua natureza, objectivos e ideal.” Ou seja, a porta continua fechada aos que, como Carlos Brito, foram afastados, em 2002, por “violação de todas as regras, princípios e deveres consagrados nos estatutos”.
Leia este artigo na íntegra na edição do NOVO.
Lusa
Luís Claro
lclaro@medianove.com