Santana Lopes insiste na dissolução do Parlamento
Ex-primeiro-ministro tem defendido, nas últimas semanas, que o Presidente da República deve tomar uma posição sobre a situação política.
Pedro Santana Lopes voltou esta tarde a defender a dissolução da Assembleia da República, desta vez na sequência do caso polémico que envolve o ministro das Infra-Estruturas e o seu ex-adjunto.
Em declarações aos jornalistas, numa altura em que se aguardam novidades sobre a reunião entre António Costa e João Galamba, Santana Lopes voltou a criticar a actual situação política e a deterioração que o caso TAP tem vindo a criar no Governo, aconselhando novamente o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa a dissolver a Assembleia da República.
O actual presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz tem vindo a defender, nas últimas semanas, a necessidade de dissolver o Parlamento na sequência das polémicas que têm sido suscitadas na comissão parlamentar de inquérito (CPI) à gestão da TAP e voltou esta quarta-feira a bater na mesma tecla.
Recorde-se que Santana Lopes era primeiro-ministro quando o então Presidente da República, Jorge Sampaio, decidiu dissolver o Parlamento, provocando a queda do executivo por si liderado. Santana Lopes tem, aliás, feito uma comparação entre as duas situações para considerar que, agora, existem muitos mais motivos para dissolver.
O ex-primeiro-ministro lembrou ainda, nas declarações aos jornalistas, que não é de hoje que defende que o Presidente devia ou demitir o primeiro-ministro e convidá-lo a formar novo governo ou dissolver o Parlamento.