Rita Lee morre aos 75 anos
Cantora brasileira morreu ao final da noite de segunda-feira. Polémica e irreverente, seguiu a máxima do “sexo, drogas e rock’n’roll”, e deixa canções como “Desculpa o Auê” ou “Amor e Sexo”.
A cantora Rita Lee, considerada a maior estrela do rock brasileiro, morreu no final da noite desta segunda-feira, aos 75 anos. Estava em sua casa, na cidade de São Paulo, rodeada pela sua família, vítima de um cancro que lhe foi diagnosticado em 2021.
A notícia foi divulgada no Instagram oficial de Rita Lee, acrescentando que o velório de Rita Lee será aberto ao público, decorrendo no planetário do Parque Ibirapuera, em São Paulo, na próxima quarta-feira, entre as 10h00 e as 17h00.
Considerada uma das artistas mais influentes da música brasileira, tanto a solo como integrando, nas décadas de 60 e de 70, as bandas Os Mutantes e Tutti Frutti, Rita Lee deixa canções tão marcantes quanto “Ovelha Negra”, “Lança Perfume”, “Desculpe o Auê”, “Banho de Espuma” ou “Amor e Sexo”.
Irrverente nas letras das suas músicas, teve grandes problemas com a censura durante a ditadura militar que governou o Brasil entre 1964 e 1985. Mas isso não a impediu de vender milhões de cópias dos seus discos e de se tornar uma lenda nos palcos, aplicando à letra a máxima do “sexo, drogas e rock’n’roll”.
Na digressão de despedida interrompeu um concerto ao aperceber-se de que elementos da polícia estavam a abordar espectadores que fumavam drogas leves. Pediu o “baseado” e insultou os agentes da autoridade de “cafajestes”, acabando detida ao tecer considerações acerca da profissão das respectivas progenitoras.
Entre as muitas histórias que relatou em “Rita Lee: Uma Autobiografia”, aquando do adeus aos palcos, constam memórias dolorosas, como a violação de que foi vítima aos seis anos e confissões sobre o consumo de álcool e drogas. Mas também um percurso que começou com aulas de piano no bairro paulista de Vila Mariana e evoluiu para salas de concertos lotadas, a opção pelo tropicalismo e a luta contra o que dizia ser a “americanização” da música brasileira.
Prestes a chegar às livrarias está “Rita Lee: Outra Autobiografia”, anunciada depois da cantora ter alta do hospital, onde foi submetida a tratamentos de oncologia, que no Brasil tem data de saída a 22 de Maio. Ao que o NOVO apurou, a versão portuguesa dessa obra, editada pela Contraponto, será lançada pouco depois.
“Amor e Sexo”
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“Desculpe o Auê”
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