PSD quer ir a jogo sozinho nas europeias

A matemática diz que PSD e CDS coligados terão muito mais hipóteses de ganhar ao PS nas eleições para o Parlamento Europeu, marcadas para 2024, mas razões de força política levantam-se, e, na São Caetano à Lapa, sede dos sociais-democratas, a tese que mais força ganha entre o núcleo duro do líder é a de que o PSD deve arriscar e ir a jogo sozinho, para que Montenegro se afirme, de vez, como alternativa.

A matemática não engana. PSD e CDS sabem que juntos terão mais hipóteses de vencer o PS nas eleições europeias de 9 de junho de 2024, mas a frente política tende a ganhar peso. Luís Montenegro quer arriscar tudo nas eleições para Estrasburgo para se afirmar, de vez, como a alternativa ao governo PS e entre o seu núcleo-duro a tese de que o PSD deve avançar sozinho para as europeias ganha terreno.

A vice-presidente do partido Inês Ramalho admite ao NOVO que o PSD “quer ir a jogo sozinho” (ver entrevista nas páginas 14-15). As contas e a estratégia estão a ser delineadas e já fazem parte dos temas prioritários nas reuniões da direção.

Se, por um lado, a entrada na corrida sozinhos dilui mais os votos do eleitorado à direita, por outro lado, coligados, o CDS, na situação frágil em que se encontra (perdeu representação parlamentar), poderia dissolver-se no PSD e perder uma oportunidade de fazer a prova de vida que ambos os partidos consideram vital para um possível futuro acordo eleitoral para as legislativas.

Leia o artigo na íntegra na edição do NOVO que está este sábado nas bancas.