Propostas do Governo “não respondem às reivindicações” dos professores

Sindicatos lamentam que as três propostas que o ministro da Educação apresentou não vão ao encontro das reivindicações dos professores.

O secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, lamentou esta segunda-feira, em Bragança, que as propostas que o Governo apresentou não respondam às reivindicações dos professores, como a mobilidade por doença e o descongelamento das carreiras.

“As três propostas apresentadas pelo Governo, até ao momento, como a mobilidade por doença, concursos e aquilo que chamaram correcção das assimetrias, que tem a ver com o descongelamento das carreiras, não respondem, claramente, àquilo que são as reivindicações dos professores”, lamentou Francisco Gonçalves, dirigente da associação sindical, que se juntou à luta dos professores em Bragança.

Mas estes não são os únicos problemas dos professores a que o Governo não dá “qualquer resposta”. Outras reivindicações incluem as aposentações, o excesso de burocracia e a indisciplina.

Também a Federação Nacional de Educação se juntou ao protesto dos professores. Manuel Pereira, representante desta associação sindical, lembrou que a luta dos professores já dura há vários anos e que pretende que o Governo dê valor e respeite a profissão, que, considera, “é um dos pilares da sociedade e está cada vez mais ignorada”.

“A luta vai continuar até que consigamos convencer o Governo a olhar para nós de outra forma”, garantiu. “Para que tal aconteça, nesta manifestação e greve marcaram presença vários sindicatos.”

As greves distritais de professores e educadores entraram, esta segunda-feira, na última semana. Espera-se que o nível de participação continue acima dos 80%.

Os professores manifestaram-se em frente ao Agrupamento de Escolas Emídio Garcia, em Bragança, onde gritaram palavras de ordem contra a política do Governo para as carreiras docentes.