PJ acaba com rede de hackers que roubava dados bancários
Mais de 100 inspectores da PJ fizeram 31 buscas, seis detidos e 10 arguidos. “Piratas” informáticos podem ter lesado centenas de pessoas ao entrarem em contas bancárias através de phishing.
Terão sido centenas as pessoas lesadas por uma rede de hackers que a Polícia Judiciária desmantelou hoje através da operação “Bitfish”. Mais de 100 inspectores da Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica (UNC3T), em articulação com o DCIAP, executaram durante a manhã desta quarta-feira 31 mandados de busca.
Foram detidos seis “piratas informáticos” – quatro homens e duas mulheres, com idades entre os 25 e os 70 anos. A PJ constituiu ainda 10 arguidos, além dos detidos, segundo o comunicado da Judiciária.
Nesta operação foi possível apreender cerca de €200.000,00 em dinheiro, um prédio urbano, um automóvel, uma arma de fogo e diversos elementos de prova.
Em causa está um grupo criminoso organizado, fortemente indiciado da prática dos crimes de burla informática, falsidade informática, acesso ilegítimo, branqueamento de capitais e associação criminosa.
Os factos em investigação centram-se no modus operandi denominado de phishing bancário. Significa que os hackers enviavam uma mensagem SMS como se tivesse vindo de um banco com um texto padrão onde induziam as vítimas a carregarem num endereço eletrónico supostamente para evitar uma multa.
Ao acederem ao link, as vítimas entravam num website semelhante à página do banco onde forneciam as suas credenciais de acesso ao serviço homebanking.
Depois, os clientes eram contactados por uma chamada de voz, por um homem que dizia ser do serviço de segurança do banco, com o objectivo de enganar a vítima a validar a transferência bancária ilícita realizada.
Os detidos vão ser presentes às autoridades judiciárias competentes, para interrogatório e aplicação das medidas de coacção, conclui o comunicado da PJ.