Pizarro promete que “sistema está preparado” para identificar dengue (e não só)

Questionado sobre os casos de lepra, registados na Madeira e no Porto, o ministro da Saúde insistiu que “não há motivos de preocupação clínica”.

O ministro da Saúde, Manuel Pizarro, garantiu esta sexta-feira que “Portugal criou em 2008 uma rede de vigilância dos vectores”, no âmbito dos mosquitos transmissores de doenças como zika, malária ou dengue.

Segundo Pizarro, existe “uma rede de vigilância com mais de 300 pessoas a trabalhar e um programa de vigilância muito atento, não ignorando que as alterações climáticas têm esta consequência porque tornam o nosso clima mais propício à presença de insectos que só eram normais no mundo tropical”, cita a Lusa.

Recorde-se que nesta quarta-feira, o presidente do presidente do Instituto de Higiene e Medicina Tropical (IHMT), Filomeno Fortes, alertou para a possibilidade de surtos de dengue em Portugal.

Em declarações à Lusa, Filomeno Fortes lembrou que o mosquito ‘aedes albopictus’ – que pode transmitir dengue , zika e chikungunya – “já foi identificado na Madeira, no norte (Penafiel) e no sul (Mértola) do país e que os ovos podem permanecer em estado de hibernação mais de um ano”.

Ao que o ministro da Saúde garantiu que “há mecanismos de vigilância montados para, sem qualquer falta de tranquilidade, poderem ser dados alertas quando eles se revelam necessários.”

“Não há motivos de preocupação clínica”
Já sobre o registo recente de dois casos de lepra em Portugal, Manuel Pizarro garantiu que a situação está a ser acompanhada e que “não há motivos de preocupação clínica”.

Questionado pelos jornalistas, o ministro insistiu que “não há motivos de preocupação clínica”, avança o Jornal de Notícias.

“Os casos estão a ser acompanhados com absoluta normalidade e as autoridades estão a tentar identificar se na origem dessas pessoas, vieram outras pessoas que tenham a doença. Não há nenhum motivo de alarme”, prometeu o governante em Matosinhos, distrito do Porto, onde acontece uma conferência integrada nas “Conferências da Sociedade Civil RTP2”.

“Foi possível quer no contexto clínico, quer no contexto das autoridades de saúde pública a identificação e acompanhamento dos casos. Temos de compreender que no mundo moderno (…) vai haver doenças que não estávamos habituados a ver na nossa sociedade a aparecerem”, acrescentou.

Saliente-se que a Direcção-Geral de Saúde (DGS) revelou que foram registados dois casos de lepra, com origem no Brasil, nesta quarta-feira na Madeira e quinta-feira no Porto.