Os primeiros cem dias do ‘sonolento’ Joe Biden
Na campanha eleitoral, Donald Trump chamava ao seu rival “Sleepy Joe”, mas o novo inquilino da Casa Branca parece ser tudo menos um político sonolento: os primeiros cem dias deste mandato foram frenéticos. Direitos humanos, impostos e clima são os pilares principais da agenda do Presidente americano.
Na campanha eleitoral, Donald Trump chamava ao seu rival “Sleepy Joe”, mas o novo inquilino da Casa Branca parece ser tudo menos um político sonolento. Os primeiros cem dias deste mandato foram frenéticos, com declarações bombásticas, intensa rivalidade internacional, restabelecimento das alianças tradicionais e também alguns obstáculos internos. Direitos humanos, impostos e clima são os pilares principais da agenda do Presidente americano.
Vacinar os americanos, combater alterações climáticas, defender os direitos humanos, financiar ambiciosos pacotes de investimento, tirar as tropas do Afeganistão, mudar as leis sobre imigração, taxar os ricos. Se o mandato de Joe Biden na Casa Branca acabasse agora e tudo isto estivesse concretizado, o resultado era histórico, mas trata-se apenas da lista das intenções. Este Presidente quer repor alianças, enfrentar os rivais e aproveitar a boa onda económica. O perigo é que quando existem muitas prioridades, acaba por não haver nenhuma. A ambição precisa de ultrapassar as inércias da realidade.
Os primeiros cem dias de Biden, que terminaram na sexta-feira, foram uma sucessão rápida de anúncios bombásticos, como se o Presidente soubesse que não dispõe de muito tempo para concretizar a sua agenda. A vacinação está avançada, a economia pode ter crescido 8% no primeiro trimestre, mas o mérito tem de ser partilhado com Donald Trump. Por isso, a iniciativa no clima parece ser a grande mudança em relação ao antecessor. Na semana passada, Biden juntou líderes mundiais numa cimeira em que apresentou metas ambiciosas de redução de emissões de gases com efeito de estufa, mas alguns dos presentes não se comprometeram com alterações.
Leia o artigo na íntegra na edição impressa do NOVO nas bancas a 30 de Abril de 2021.