Operação Babel. Chega lamenta “tristes acontecimentos” em Gaia

Deputado municipal e líder concelhio do Chega defende que a luta contra a corrupção tem sido uma das suas prioridade e recorda uma proposta sua apresentada em 2021 e em 2022.

O Chega lamentou esta terça-feira os “tristes acontecimentos” relacionados com as suspeitas de corrupção no município de Vila Nova de Gaia, que resultaram na detenção do vice-presidente daquela autarquia, Patrocínio Azevedo, e na constituição de 12 arguidos, na sequência das buscas realizadas também no Porto. Entre os arguidos, noticia o Observador, está Eduardo Vítor Rodrigues (PS), presidente da Câmara Municipal de Gaia, a terceira maior autarquia do país.

O deputado municipal do Chega, Jorge Pereira, fala em “tristes acontecimentos que mancham o nome do município e recorda que a luta contra a corrupção foi sempre “uma das prioridades” do partido.

O líder concelhio lembra, nesse sentido, uma proposta apresentada por si, em 2021 e 2022, para a criação de uma Comissão de Fiscalização Anticorrupção para o Município. “Se esta proposta tivesse sido aceite pela Câmara Municipal, seguramente hoje não estaríamos a assistir a estes tristes acontecimentos que mancham o nome do nosso município”, defende.

A Inciativa Liberal também condenou o “lamentável episódio”, considerando que o dia de hoje foi “negro” para as instituições gaienses. “A evidência da já constituição de 12 arguidos, incluindo elementos com cargos executivos da câmara municipal, numa mega operação de mais de uma centena de efectivos policiais, são sinais de um processo que poderá vir a ter elevadas dimensões e que arrastará o nome das instituições por vários meses”, realçaram os liberais.

O PSD, por sua vez, questionado pelo NOVO, disse não ter “absolutamente nada a comentar”.

Segundo as autoridades, estão em causa nesta investigação crimes de corrupção, nomeadamente “reiterada viciação de procedimentos de contratação pública (…), com vista a beneficiar determinados operadores económicos”, com “interesses mobiliários na ordem dos 300 milhões de euros”.