O Auto do Jogo do Inferno
Assim como Gil Vicente escreveu, no século XVI, o famoso Auto da Barca do Inferno para D. Manuel I, em Lisboa, foi o Benfica, no século XXI, em Lisboa, a escrever a Gil Vicente o Auto do Jogo do Inferno.
Benfica – Caros gilistas, bem sabemos que Lisboa é mais ventoso que Barcelos mas não é caso para se atirarem para o chão sempre que sentem a brisa que vem de Cascais. Sois Gil Vicente mas não sois do teatro, sois do futebol.
Gil Vicente – Pois, mas quem está a fazer flexões sou eu.
Odysseias – Comigo, aquilo não entrava.
Helton Leite – Calai-vos, que vias-te grego para apanhar aquela bola.
Jorge Jesus – Sondes todes uns oid3nnfponpo!
Todos (incluindo o Gil Vicente) – Não percebemos, mister.
Árbitro – Vá lá, levantai-vos!
Jogador qualquer do GV – Mas nenhum de nós está no chão!
Á – Não, estou a falar para o Rafa.
Pizzi – Bora, pessoal! Entrei!
Otamendi – Tienes que venir al nuestro lado del campo. Estas en el lado de Gil Vicente.
JJ – Sondes todes uns oid3nnfponpo!
T (incluindo GV) – Não percebemos, mister.
Ricardo Soares – Nós até ganhamos com um gajo a jogar de olhos fechados.
Kanya – Não mister, eu sou japonês.
RS – Cala-te e marquem mais um.
(Golo do Benfica)
RS – Não é na própria!
Á – Vá lá, levantai-vos!
Rafa – Agora não estou no chão!
Á – Não, é para os jogadores do GV.
JJ – Sondes todes uns oid3nnfponpo!
T (incluindo GV) – Não percebemos, mister.
Benfica – Ah Luz, como és ardente! Maldito é em quem ti joga!
GV – Então mas isto é a vossa casa…
B – Ah pois é. Oh Diabo.
Diabo – Estava a ver que ninguém me chamava. É que eu entro na obra original.
Anjo – Então e eu?
JJ – Sondes todes uns oid3nnfponpo!
T (incluindo GV) – Já acabou, mister.
*comediante e adepto do Benfica