Não ser vacinado contra a covid-19 significa “estar num totoloto”
Vice-almirante Henrique Gouveia e Melo alerta que evitar a inoculação é ainda mais perigoso do que receber a vacina. Processo de auto-agendamento deve começar a funcionar em 15 dias.
O coordenador da task force do plano de vacinação contra a covid-19 em Portugal não tem dúvidas: “Não ser vacinado significa ser um em 600 portugueses que no ano passado morreu, se a pessoa quer estar nesse totoloto acho que não é uma boa solução.”
As declarações do vice-almirante Henrique Gouveia e Melo foram proferidas este sábado, no final de uma visita ao centro de vacinação de Gondomar, distrito do Porto.
Aos jornalistas, o responsável lembrou que não estar vacinado também não significa que alguém fica “numa bolha isolada” e consegue fugir ao novo coronavírus. “Não me parece que seja uma boa decisão [não tomar a vacina]. A decisão é individual, cada um tem liberdade para decidir, mas não tomar a vacina é, na minha modesta opinião, um erro e constitui um perigo para a pessoa e para a sociedade”, alertou.
O vice-almirante revelou ainda que o auto-agendamento da toma da vacina contra o novo coronavírus, através de uma plataforma digital, está a ser concluído, devendo estar em funcionamento daqui a 15 dias.
“O auto-agendamento está a ser terminado, vai ainda ser testado e, só depois, é que vai entrar, segundo a linguagem informática, em produção. Espera-se a entrada em produção daqui a 15 dias”, disse, justificando que, nos últimos tempos “aconteceram coisas”, nomeadamente relacionadas com as vacinas, que fizeram com que houvesse outras prioridades para resolver “mais urgentemente”, justificou.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.000.955 mortos no mundo, resultantes de mais de 139,8 milhões de casos de infecção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP este sábado.