Os médicos que exercem na região Norte iniciam amanhã, quarta-feira, uma paralisação de dois dias. A greve, convocada pelo Sindicato Independente dos Médicos (SIM), vai afetar o funcionamento de centros de saúde e de vários hospitais da região, entre os quais o Centro Hospitalar Universitário de Santo António, no Porto, o Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, o Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, o Hospital da Senhora da Oliveira, em Guimarães, o Hospital de Braga e ainda o Hospital Santa Maria Maior, em Barcelos.
Esta é a segunda greve dos médicos da região Norte este mês. Nos passados dias 6 e 7 de setembro, a paralisação abrangeu outros hospitais e teve uma adesão entre os 85 e os 90%.
Com mais uma greve regional, o sindicato liderado por Roque da Cunha pretende “uma resposta efetiva ao caderno reivindicativo sindical” e apelar ao “urgente encerramento da atividade da mesa negocial constituída entre o governo e o SIM, e que, especifica e prioritariamente, seja apresentada pelos ministros das finanças e da saúde uma proposta de grelha salarial que reponha a carreira das perdas acumuladas por força da erosão inflacionista da última década”.
Ao fim de mais de 15 meses de negociações, sindicatos médicos e governo ainda não conseguiram alcançar um acordo. Apesar disso, o executivo decidiu avançar com os diplomas relativos às Unidades de Saúde Familiares (USF) e ao regime de dedicação plena.
O SIM manteve todas as paralisações regionais marcadas até ao final do mês, com as paralisações a terminarem com dois dias de greve na região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT). A Federação Nacional dos Médicos (FNAM), que já tinha convocado uma greve nacional de dois dias para novembro (14 e 15), anunciou outra paralisação nacional para 17 e 18 de outubro.