Marcelo recusa comentar audições de Galamba e ex-adjunto para não criar “ruído”

João Galamba e Frederico Pinheiro vão ser ouvidos esta semana na comissão de inquérito à TAP. Foi o “caso Galamba” que esteve na origem do atrito entre Belém e São Bento.

O Presidente da República recusou-se hoje a comentar as audições do ex-adjunto Frederico Pinheiro e do ministro João Galamba na comissão parlamentar de inquérito (CPI) à gestão da TAP, alegando que não quer criar “ruído”.

Marcelo Rebelo de Sousa garantiu que vai “acompanhar” as audições desta semana, mas recusou-se a comentar porque tudo “o que pudesse dizer” sobre o assunto “seria ruído”.

Recorde-se que foram o episódio do conflito entre o ex-adjunto e o ministro Galamba e a recusa do primeiro-ministro em demitir o ministro que criaram tensão entre Belém e São Bento. Foi na sequência deste episódio, em que Costa recusou aceitar um pedido de Marcelo para a demissão, que o Presidente fez uma dura declaração ao país a garantir que iria ser mais vigilante e atento à actuação governativa, que caracterizou de irresponsável.

O Presidente explicou hoje aos jornalistas que tem evitado comentar o trabalho que é feito pela comissão de inquérito e que é também por essa razão que decidiu não receber nenhum responsável da TAP, apesar de lhe terem sido dirigidos pedidos para audições.

Também sobre o SIS, o Presidente recusou-se a fazer comentários, alegando os mesmos argumentos. Mas não deixou de dizer que acompanha tudo o que se passa “atentamente”.