Marcelo: “Processo de vinculação devia ser mais longo, mas o tempo corria”

Presidente da República alegou que aprovou o diploma sobre as vagas nos quadros para professores por falta de tempo e para salvaguardar o “fundamental”.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, admitiu esta quarta-feira, em Estrasburgo, que o processo de vinculação da carreira de professores “devia ser de dois ou três anos”.

“Gostaria que fosse possível que o processo de vinculação fosse mais longo. O de ser um ano devia ser num regime diferente, não concurso nacional, mas concurso por áreas geograficamente definidas”, disse Marcelo Rebelo de Sousa.

No entanto, o tempo corria e “isso acabou por não ser possível”: “Já não tínhamos esse tempo de salvar o fundamental e salvou-se o fundamental”, finalizou.

O Presidente da República promulgou, esta segunda-feira, o diploma sobre as restantes mais 8.300 vagas de quadro para professores, perfazendo os 10.700 lugares prometidos no diploma.

“Adiar a promulgação, embora no prazo legal de 40 dias, que termina a 15 de Maio, ou recusar essa promulgação, neste contexto, representaria adiar as expectativas de cerca de oito mil professores, além de deixar sem consagração legal algumas das suas reivindicações pontuais, aceites pelo Governo”, escreveu o chefe do Estado no site oficial da Presidência.

Recorde-se que, a 28 de Abril, o Governo já tinha antecipado a abertura de 2.041 vagas de quadro para professores.