Juízes não se entendem nas acusações de assédio sexual
Depois do alerta da Associação Sindical quanto à existência de casos de assédio sexual na magistratura, o órgão de gestão e de disciplina dos juízes diz desconhecer a existência de qualquer denúncia. O Conselho Superior da Magistratura repudia a insinuação de que esteja a tratar o assunto com negligência. E a Associação das Juízas demarca-se da Associação Sindical.
O Conselho Superior da Magistratura (CSM) assegurou ao NOVO que “não há qualquer registo de denúncias” de assédio sexual entre juízes. Este esclarecimento surgiu depois de o presidente da Associação Sindical dos Juízes Portugueses (ASJP) ter dito que, com base num estudo que elaborou, “há um número elevado de juízes, sobretudo mulheres, que assinalaram ter sido vítimas de assédio sexual por parte de colegas com funções de autoridade”.
Duas versões que prometem fazer correr muita tinta na magistratura. A polémica começou com um artigo de opinião do presidente da ASJP no dia 26 de Abril, no jornal Público. Além de denunciar, Manuel Soares apontou o dedo aos conselhos superiores de magistratura, insinuando serem negligentes.
“Não estão a cumprir com a devida diligência a legislação do trabalho em funções públicas, que os obriga a adoptar regras que permitam prevenir e combater o assédio no trabalho”, disse.
Leia o artigo na íntegra na edição do NOVO que está, este sábado, dia 29 de Abril, nas bancas.