José Pinho: “É fundamental criar proximidade entre leitores e escritores”

Língua, livros, leituras, livrarias e literatura: são estas as cinco palavras que dão forma ao festival 5L. A primeira edição arranca a 5 de Maio. Ao NOVO, José Pinho, o seu director artístico, explica como surgiu a ideia de se criar este festival.

Como surge a ideia do 5L – Festival Internacional de Literatura e Língua Portuguesa?

A ideia parte de uma proposta dos vereadores do PCP da Câmara de Lisboa, que foi aprovada por unanimidade. Mais tarde deu-se início ao processo de selecção de um director artístico, ao qual eu concorri e ganhei. Foi aí que começámos a trabalhar para a criação deste festival. A data que propusemos desde logo foi 2020, ano em que o dia 5 de Maio foi considerado pela ONU como Dia Mundial da Língua Portuguesa. O objectivo era celebrá-lo, mas o pouco que não pudemos cancelar tivemos de fazer online, daí que esta seja mesmo uma primeira edição.

O festival, na sua proposta, tem um mote ligado à língua e à sua internacionalização.

Sim, mas não se trata apenas da língua ou da literatura portuguesa. Quando dizemos 5L falamos da língua, do livro, das leituras, das livrarias e da literatura. Não temos um tema principal, uma vez que já temos estes cinco “L” com que nos entreter. No caso das livrarias, a escolha dessa palavra já pressupõe à partida um grande envolvimento da cidade e dos agentes literários – editores, livreiros ou autores. Por outro lado, este ano focamo-nos essencialmente numa zona geográfica delimitada pela Casa dos Bicos, o Marquês de Pombal, Rato, Santos e Cais do Sodré. O objectivo é envolver o máximo possível de pessoas. Vamos ter muitos lançamentos e conversas em torno de livros, mas também uma parte dedicada ao cinema em que, através de uma parceria com o IndieLisboa, escolhemos filmes que têm a ver com livros, que vão passar no Cinema Ideal. Teremos também uma performance, percursos temáticos pela cidade de Lisboa, concertos – todos ligados à palavra – e duas exposições.

Leia a entrevista na íntegra na edição impressa do NOVO, nas bancas a 30 de Abril de 2021.