Iniciativa Liberal fala em “dia feliz”: Marcelo não renova estado de emergência
“Vamos deixar de estar em estado de emergência”, sublinhou o deputado João Cotrim Figueiredo. Presidente da República fala ao país esta terça-feira, às 20 horas.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, não vai renovar o estado de emergência devido à pandemia de covid-19. A informação foi confirmada aos jornalistas esta terça-feira pelo deputado do Iniciativa Liberal, João Cotrim Figueiredo.
“Teremos chegado ao fim desta saga que tanto tem prejudicado o país. É um dia feliz. Vamos deixar de estar em estado de emergência”, sublinhou o deputado.
Marcelo Rebelo de Sousa vai falar ao país esta terça-feira, às 20 horas.
Bloco de Esquerda considera que não faz sentido renovação
O Bloco de Esquerda (BE) considerou que não faz sentido renovar o estado de emergência, dada a evolução da pandemia, e defendeu que a lei de bases da Protecção Civil “pode responder àquilo que pode vir a ser necessário”.
Em declarações aos jornalistas no parlamento, após 20.ª sessão sobre a situação da covid-19 em Portugal, o deputado Moisés Ferreira elencou que “Portugal está numa situação epidemiológica em que a incidência está relativamente controlável, em que o risco de transmissibilidade também está dentro dos padrões daquilo que é controlável, em que até apesar de ter havido um espectável aumento da mobilidade, por via do desconfinamento, não se registaram novos surtos, a vacinação está a funcionar”.
“Tendo tudo isto em conta não nos parece que faça sentido manter o estado de emergência”, assinalou, defendendo que “o estado de emergência é um estado de excepção onde existe a suspensão de alguns direitos fundamentais, constitucionais, por uma ameaça grave”.
Para o BE, “essa ameaça grave neste momento não parece estar a existir, tendo em conta a situação epidemiológica”.
Mais 353 casos e cinco mortes nas últimas 24 horas
Portugal, recorde-se, registou mais 353 casos de covid-19 e cinco mortes nas últimas 24 horas, segundo o boletim epidemiológico diário da Direcção-Geral da Saúde (DGS).
O documento da DGS indica que há menos 19 pessoas internadas. Nos cuidados intensivos estão menos cinco pessoas do que na véspera.
Com Lusa