“Governo dispõe de uma maioria sólida”, diz número dois do PS
Secretário-geral adjunto do PS lembra que decisão do primeiro-ministro de manter João Galamba é uma “matéria sobre a qual o próprio e só o próprio tem competências de decisão”. João Torres acusou o PSD de “falta de preparação” e garantiu que António Costa é “um verdadeiro líder”.
O número dois do PS, João Torres, garantiu que não há razões para a realização de eleições antecipadas e acusou o PSD de “desorientação política” e de “falta de preparação” para se apresentar como alternativa. Numa reacção à decisão do primeiro-ministro de não aceitar a demissão de João Galamba, o secretário-geral adjunto do PS defendeu que António Costa “é um verdadeiro líder” que demonstrou “grande firmeza” e “grande coragem”.
João Torres garantiu que o Partido Socialista é um factor de estabilidade política. “Este governo dispõe de uma legitimidade de origem, mas também de uma legitimidade de exercício”, afirmou o número dois do PS, lembrando que os portugueses deram a maioria absoluta ao PS e que “o Governo dispõe de uma maioria sólida e está a cumprir o seu programa, apresentando bons resultados”.
As maiores críticas foram dirigidas ao PSD, com a garantia de que Luís Montenegro demonstra “falta de preparação”. O PSD “é, hoje, um vazio de ideias”, acrescentou João Torres, em conferência de imprensa, na sede nacional do PS.
Sobre a ameaça de eleições antecipadas, depois de Marcelo Rebelo de Sousa ter discordado da manutenção de João Galamba no Governo, João Torres garantiu que o PS “respeita todos os órgãos de soberania”, mas a escolha dos membros do Governo é uma competência exclusiva do primeiro-ministro. “O senhor primeiro-ministro tomou uma decisão em relação à composição do Governo, matéria sobre a qual o próprio e só o próprio tem competências de decisão”, realçou.
Garantindo que é “normal” que não exista “uma plena convergência” entre o Presidente da República e o primeiro-ministro, João Torres afirmou que António Costa foi “muito claro ao reafirmar a sua lealdade institucional” para com o chefe do Estado. “É importante que se compreenda que aquilo a que se assistiu ontem foi justamente ao normal funcionamento das instituições democráticas”, concluiu.