Garantir entrada para compra de casa não é prioridade do governo português
Ministério da Habitação afirma que o Governo deu especial enfoque a medidas que promovam o arrendamento acessível.
O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, revelou, esta segunda-feira, que o Governo vai passar a ajudar os cidadãos a “finalmente serem capazes de comprar casas decentes”. Mas, por cá, a prioridade é outra.
“Em Portugal, o Governo deu especial enfoque a medidas que promovam o arrendamento acessível”, explicou ao NOVO o gabinete da ministra da Habitação, Marina Gonçalves.
“Os vários governos têm procurado encontrar soluções abrangentes que permitam dar resposta àquela que é, hoje, uma dificuldade acrescida de encontrar uma habitação digna e adequada aos rendimentos das famílias”, salienta o Ministério da Habitação.
Para o Governo, actualmente, o mais importante, em território português, é “colocar mais casas no mercado a preços acessíveis às famílias, seja através do Porta 65+ ou do Arrendar para Subarrendar”, esclarece a tutela.
Nesse sentido, preocupa-se também em oferecer “apoios que ajudem as famílias num momento de especial dificuldade, seja através do apoio extraordinário à renda ou o apoio ao crédito à habitação”, acrescentou.
Entretanto, “o Governo continuará atento ao evoluir da situação, procurando sempre novas respostas que permitam responder de forma eficaz à crise habitacional”, assegurou o ministério.
O governo espanhol anunciou, esta segunda-feira, que vai começar a ajudar os jovens e as famílias mais carenciadas a pagar a entrada para compra de uma casa, nova medida aprovada esta terça-feira em Conselho de Ministros.
O Estado espanhol deverá prestar garantias do Instituto de Crédito Oficial de “até 20% do crédito à habitação subscrito por pessoas até aos 35 anos e famílias com filhos menores dependentes que comprem a primeira habitação”. Em ambos os casos, o rendimento individual não deverá exceder os 37.800 euros por ano.