41 jogadoras, entre elas as 23 campeãs do mundo, recusam regressar à seleção espanhola de futebol e esta posição será oficializada com uma carta endereçada à Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), anuncia nesta sexta-feira a generalidade da imprensa espanhola.
Na última quarta-feira as capitãs da seleção reuniram-se, a pedido dos responsáveis da RFEF, com o objetivo de perceber as alterações implementadas pelo presidente interino, Pedro Rocha. Para já saíram Luis Rubiales, antigo presidente, e Jorge Vilda, o ex-selecionador, mas as futebolistas entenderam que é preciso mais, por isso rejeitaram estar na lista de convocadas para os jogos contra a Suécia, na sexta-feira 22 em Gotemburgo, e a Suíça, na terça-feira 26 em Córdoba, de qualificação para os Jogos Olímpicos de Paris.
No cerne desta decisão está a permanência de Andreu Camps, secretário-geral da RFEF, bem como de todas as pessoas envolvidas na pressão sobre Jenni Hermoso para apoiar a versão oficial da RFEF durante o voo de regresso a Espanha após o Campeonato do Mundo.
Também Ana Álvarez, directora do futebol feminino, e Isabel Navas, delegada da seleção nacional, oferecem dúvidas às futebolistas. Como se isso não bastasse, a nova selecionadora, Montse Tomé, é vista com desconfiança, pois era o braço-direito de Vilda e tida como muito leal a Luis Rubiales.