Exportações da indústria alimentar e bebidas aumentam
Setor cauteloso com resultados positivos em “tempos extremamente desafiantes”
Apesar de todas as dificuldades do momento, da dificuldade em recrutar à carência de cereais e inflação, as empresas da indústria alimentar e das bebidas conseguiu melhorar em quase 10% as exportações, atingindo em junho os 3646 milhões de euros (mais 9,43% face ao primeiro semestre de 2022).
“Com o mercado espanhol a valer 1324 milhões de euros das exportações portuguesas de produtos alimentares e bebidas e a permanecer país de referência dentro da União Europeia, a par de França, que registou um crescimento de 13,2%, o que traduz vendas no valor de 342,89 milhões, foi no Brasil (251,53 milhões) e no Reino Unido (190,96 milhões) que as exportações mais cresceram”, revela a a federação que representa o setor. A FIPA aponta, respetivamente, 26,3% e 25,7%.
Recorrendo aos dados do INE, a FIPA vinca que no mesmo período, “as vendas para a Bélgica cresceram 5,8%, enquanto para a Alemanha o aumento foi de 4,1%. Em contraciclo, as vendas para Itália e Estados Unidos abrandaram 22,8% e 19,3% respetivamente”. Mas a conjuntura não permite que se baixe os braços.
“Os tempos que estamos a viver são extremamente desafiantes e os primeiros meses de 2023 não foram exceção. No entanto, o crescimento das exportações em 9,43%, face a igual período de 2022, demonstra a capacidade do setor, a sua resiliência e o apreço que alguns dos mercados têm pelos produtos agroalimentares nacionais”, refere Jorge Henriques, presidente da FIPA, que fala em retração nalguns segmentos, mas enaltece a capacidade do setor.
E acrescenta: “Devemos estar atentos aos sinais que temos neste momento de uma recessão na Europa e a esta preocupante inflação, que tem um impacto profundo na vida das empresas”.