Exclusividade de deputados abre guerra no CDS
Direcção deixa a porta aberta a medida que o CDS sempre considerou a funcionalização da política. Bancada só recebeu pacote anti-corrupção dois dias depois da divulgação pública. Partido enfrenta mais um caso de tensão interna.
O CDS enfrenta mais um caso de tensão interna. O pacote de medidas anti-corrupção, anunciado no início da semana, deixa a porta aberta ao regime de exclusividade dos deputados, uma ideia sobre a qual o partido tem votado contra ao longo dos anos. Mais: a porta aberta pelo líder do CDS não foi articulada com o grupo parlamentar (os deputados só receberam a versão final dos projectos dois dias depois).
A versão final enviada pela direcção não inclui a exclusividade dos deputados, mas as declarações de Francisco Rodrigues dos Santos escancaram a porta a essa possibilidade e deixaram vários antigos dirigentes do partido em estado de choque. No CDS há quem não queira falar deste caso para não “incendiar” o partido, porque os centristas sempre foram contra a exclusividade dos deputados por considerarem que se tratava da funcionalização do trabalho político.
Leia o artigo na íntegra na edição impressa do NOVO nas bancas no dia 30 de Abril de 2021.