Ex-director do Museu da Presidência da República condenado a seis anos e meio
Diogo Gaspar foi esta segunda-feira condenado a prisão efectiva de seis anos e seis meses. Ex-director do Museu da Presidência vai recorrer da decisão.
Diogo Gaspar, ex-director do Museu da Presidência da República, foi condenado a seis anos e meio de prisão efectiva, no âmbito da Operação Cavaleiro.
José Dias, Paulo Duarte e Vítor Santos eram os outros três arguidos e estavam acusados de um total de 42 crimes, entre os quais abuso de poder, participação económica em negócio, tráfico de influências, falsificação de documentos, peculato e branqueamento de capitais.
O antigo responsável pelo museu acabou condenado pelos crimes de peculato, abuso de poder, participação económica em negócio, falsificação de documentos e tráfico de influência.
Os outros três arguidos foram condenados a pena suspensa. Paulo Duarte foi condenado a um ano e quatro meses de prisão e ao pagamento de 4 mil euros, enquanto Vítor Santos foi condenado a um ano e dois meses de prisão, com o pagamento de mil euros. José Dias foi condenado a um ano e sete meses de prisão e ao pagamento de 3 mil euros.
A investigação esteve a cargo do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa e teve início em Abril de 2015. Em Junho de 2016, a Polícia Judiciária efectuou buscas e apreendeu, em casa de Diogo Gaspar e de amigos, alguns artefactos que pertenceriam ao Museu da Presidência, com o Tribunal de Instrução Criminal a decidir levar o caso a julgamento em 10 de Julho de 2019.
Ex-director vai recorrer
Em declarações aos jornalistas, à saída do Juízo Central Criminal de Lisboa, Raul Soares da Veiga, advogado de Diogo Gaspar, realçou que “há uma série de condenações que são injustas”, apontando como exemplo o crime de tráfico de influência.
“Temos para já a predisposição de recorrer contra isso, parece-me quase impossível chegarmos a outra conclusão. São as regras do jogo: os senhores juízes decidiram o melhor que souberam, o que não quer dizer que essa seja a melhor decisão. É por isso que há tribunais superiores e é por isso que há recursos”, explicou.