Eurodeputados de PSD e CDS acusam PS de celebrar os 50 anos com fake news

Em causa está o comunicado dos eurodeputados socialistas sobre muros anti-imigração com fundos europeus.

Os eurodeputados do PSD acusaram esta quarta-feira o PS de celebrar os 50 anos do partido “com notícias falsas e intoxicação mediática” e votaram contra a emenda do Grupo Conservador, que previa o financiamento europeu de muros ou barreiras nas fronteiras externas.

Num comunicado emitido ao final da tarde desta quarta-feira pelos eurodeputados sociais-democratas, o PSD avisa que o “comunicado do PS” sobre o tema dos muros anti-imigração “é falso” e lembra que o “PSD votou a favor da emenda do PPE que reproduz e cita o texto das conclusões do Conselho Europeu de 9 de Fevereiro, aprovado por unanimidade e apoiado por António Costa e por Ursula von der Leyen”.

O PSD desafia, por isso, os eurodeputados socialistas a explicarem por que razão “votaram contra a posição subscrita pelo seu líder, António Costa”, acusando o PS de, também na Europa, ser um “aliado táctico” do Chega e da extrema-direita.

Nuno Melo fala em “extremismos da velha escola estalinista soviética”
Também o eurodeputado do CDS, Nuno Melo, veio acusar o PS de “delírio e reserva mental” ao comunicar que os deputados da direita votaram favoravelmente uma proposta que permitiria o financiamento da construção de muros nas fronteiras externas da União Europeia.

Nuno Melo frisa que esta afirmação do PS é “totalmente falsa” e manifesta-se espantado por um partido que “se diz democrático” afirmar precisamente o oposto daquilo que é a realidade.

Nuno Melo considera que quem teve um procedimento nesta matéria que revela “o pior dos extremismos da velha escola estalinista soviética” foram os eurodeputados do PS, realça que “a política deve ser feita com ética” e lamenta a “mentira hoje propalada” pelos eurodeputados socialistas, considerando a acusação destes – que colou a posição do PSD e do CDS à da extrema-direita – como “inqualificável”.