Ensaio: O MFA nunca existiu
Por estes dias, os “donos do 25 de Abril” celebram os capitães que derrubaram o “fascismo” e “libertaram” o povo português. Contudo, as origens e a evolução do Movimento das Forças Armadas (MFA) revelam que só muito tardiamente adquiriu um carácter político.
Foi, essencialmente, um movimento corporativo preocupado com a defesa dos interesses profissionais dos capitães e dos majores. Com efeito, as origens do “movimento” remontam a 13 de Julho de 1973, quando o Governo de Marcello Caetano promulga o decreto-lei 353/73.
Uma resposta à escassez de oficiais subalternos, o decreto abria a Academia Militar a ex-milicianos do Quadro Especial, permitindo-lhes completar um curso acelerado de dois semestres. Após uma estada numa das escolas práticas, estariam habilitados a integrar o Quadro Permanente, a ser promovidos e, para efeitos de progressão na carreira, eram-lhes contabilizados os anos de serviço enquanto milicianos.
Leia o artigo na íntegra na edição impressa do NOVO, nas bancas a 23 de Abril de 2021