Cidades da região fronteiriça de Sumi evacuadas face a ataques russos

A administração militar da região de Sumi explicou que os ataques perto da fronteira se intensificaram recentemente e estão a causar a destruição de infra-estruturas, hospitais, escolas e residências particulares. Mataram 17 pessoas na região nos últimos 30 dias.

As autoridades militares ucranianas anunciaram hoje que começaram a evacuar as cidades da região de Sumi (nordeste), perto da fronteira com a Federação Russa, face aos constantes bombardeamentos, que mataram 17 pessoas na região nos últimos 30 dias.

A administração militar da região de Sumi explicou, em comunicado, que os ataques às populações ucranianas perto da fronteira se intensificaram recentemente e estão a causar a destruição de infra-estruturas, hospitais, escolas e residências particulares.

Os constantes bombardeamentos, acrescentou, impossibilitam a reparação destas instalações e garantir o abastecimento de alimentos e produtos básicos na região.

“Ainda mais importante: o nosso povo está a morrer”, disse a fonte, colocando o número de civis mortos em ataques russos até agora em 35. Do número total, 17 perderam a vida apenas no último mês.

Segundo as autoridades militares, alguns civis da região, incluindo ex-guardas-florestais, foram mortos por “grupos de subversão e reconhecimento russos” que se estão a infiltrar cada vez mais na Ucrânia.

A administração militar especificou que a medida vai atingir todas as populações que se encontrem a menos de cinco quilómetros da fronteira.

A retirada da população civil também permitirá que o exército ucraniano, que tem em curso uma contra-ofensiva nas regiões leste e sul do país, responda de forma mais eficaz aos ataques russos a partir do outro lado da fronteira.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de Fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-45).