Chairman da TAP diz que “papel do grupo parlamentar do PS é de protecção do Governo”

Na segunda ronda de audições na comissão de inquérito à gestão da TAP, Manuel Beja lançou novas farpas ao PS e envolveu-se em polémica com um deputado do Chega.

O presidente do conselho de administração da TAP, Manuel Beja, afirmou na noite de terça-feira, no Parlamento, durante a sua audição na comissão de inquérito à gestão pública da TAP, que “o papel do grupo parlamentar do PS não é de escrutínio, é de protecção do Governo”.

A afirmação de Manuel Beja suscitou um voto de protesto de Bruno Aragão, o deputado socialista que antes o tinha questionado e levou o deputado do Chega Filipe Melo a tentar explorar ainda mais a frase dita pelo chairman da TAP, que se recusou a fazer mais considerações, dizendo que estava na comissão para falar “de factos”, e não de “sentimentos” ou para entrar “em lutas políticas”.

O ambiente aqueceu na comissão de inquérito, já depois de quase quatro horas de audição, quando o deputado do Chega começou a questionar o presidente do conselho de administração da TAP sobre situações concretas e de dificuldades que alegadamente enfrentarão funcionários específicos da companhia aérea, ao que o responsável máximo da empresa disse não ter conhecimento.

“E se eu lhe disser que o senhor almoçou com este funcionário?”, atirou o deputado do Chega, ao que o presidente da TAP respondeu: “Eu diria que está a mentir.”

Filipe Melo exigiu ao presidente da TAP que se “retratasse” do que tinha acabado de dizer e comunicou ao presidente da comissão de inquérito que se recusava a continuar a audição se o chairman da companhia aérea não retirasse o que tinha dito.

O ambiente só voltou a normalizar-se depois de o presidente da comissão ter apelado à “serenidade” e “urbanidade” e de Manuel Beja ter explicado mais em concreto uma conversa que teve com um funcionário da manutenção, repetindo que este não lhe havia relatado a situação descrita pelo deputado do Chega.

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