CDU quebra, BE e Chega empatados em Lisboa
Bloco e Chega disputam o quarto lugar nas intenções de voto para as eleições autárquicas na capital.
A CDU deverá ser a terceira força mais votada para o próximo elenco municipal em Lisboa, com 7,1% das intenções de voto, mas recuando relativamente à percentagem de 2017, quando obteve 9,6% nas urnas, indica a sondagem, realizada pela Intercampus para o NOVO, o primeiro inquérito sobre a corrida autárquica na capital.
Nos lugares imediatos antevê-se uma competição muito disputada entre o Bloco de Esquerda e o Chega para o quarto posto. O inquérito da Intercampus prevê um intervalo reduzido entre as duas siglas, com ligeira vantagem para os bloquistas, que obtiveram 7,1% em 2017 e apresentam como cabeça-de-lista a deputada Beatriz Gomes Dias.
O BE surge agora com 6,6%, enquanto o partido de André Ventura, em estreia absoluta numa corrida autárquica, recolhe 6,1% das intenções de voto candidatando o apresentador televisivo Nuno Graciano.
Uma leitura destes números permite concluir que a coligação encabeçada por Moedas é prejudicada pelo aparecimento em cena do Chega, que divide as opções à direita em Lisboa. E também, embora em margem mais reduzida, pela estreia da Iniciativa Liberal, que nesta pesquisa surge com 2,3%. Quase residual é a percentagem prevista para o PAN. O partido que ainda não apresentou candidato recolhe apenas 0,5% – bastante abaixo dos 3% de há quatro anos.
A CDU obtém bastante mais apoio da parte dos homens (9,4%) do que das mulheres (5,2%). O Bloco de Esquerda tem as melhores cifras junto dos eleitores entre 33 e 54 anos (9,45%). E o Chega encontra mais suporte nos jovens do sexo masculino (7,2%). E menos adesão das mulheres (5,2%) com mais de 55 anos (5,1%).