Capitães da areia desfilam no Estoril Open
Schwartzman, Shapovalov, Nishikori, Garin e um João Sousa motivado estarão em acção na terra batida, no sexto Millennium Estoril Open. Os tenistas estão isentos de quarentena, são testados e só circulam em bolhas. Carreño-Busta, Monfils, Dimitrov e Fognini acabaram por desistir.
Diego Schwartzman, 9.º do ranking ATP, Denis Shapovalov, 14.º, Cristian Garin, 22.º, e Kei Nishikori, ex-top 5 e actual 39.º da classificação, são os capitães da areia que vão desfilar na 6.ª edição do Millennium Estoril Open, torneio ATP 250 cuja fase de qualificação arranca este sábado. A esta parada de estrelas na terra batida do Clube de Ténis do Estoril acresce o wild-card, João Sousa (105.º), vencedor em 2018, feito partilhado com Richard Gasquet e Pablo Carreño-Busta. Carreño-Busta, 13.º ATP, Gael Monfils, 15.º, Grigor Dimitrov, n.º 17, convidado de última hora, e Fabio Fognini, 27.º, desistiram da prova por questões físicas ou gestão de calendário.
O quadro principal decorre de 26 de Abril a 2 de Maio. João Zilhão, director do torneio, olha para os cerca de 70 jogadores (26 no quadro principal de singulares), quatro dos quais entre os 20 primeiros do ranking ATP, e resume: “É um óptimo quadro, dos melhores de sempre.” Um “excelente” adjectiva o qualifying, mas só haverá listagem final quando a bola amarela tocar no pó de tijolo. “Há mexidas de última hora, lesões e os testes covid”, notou.
O procedimento de entrada no mais importante evento de ténis em Portugal (480 mil euros em prémios) alterou-se. O modus operandi está definido. “Temos um despacho do Governo que isenta os atletas de quarentena obrigatória independentemente do país de onde chegam.” E a escolta a quem bate as bolas é curta: “Cada jogador pode trazer, de apoio, dois player support team (PST).”
A estadia não se resumirá ao aterrar e jogar nos três campos disponíveis ou treinar noutros quatro. Assim obrigam as exigentíssimas regras da Direcção-Geral da Saúde e do ATP. “Temos bolhas no Hotel Mirage Cascais e no clube. Os jogadores só podem andar entre as duas bolhas. Chegam, são levados para o hotel, testados e só depois recebem a credencial”, adiantou. “O catering é servido no hotel e no clube”, reforçou.
Sem público, “cerca de 200 pessoas estão envolvidas” no evento. Entram nessa categoria os “apanha-bolas, massagistas, quem faz testes e quem mede as temperaturas”. A estes acrescem “hotelaria, catering e segurança”, além de “centenas de responsáveis pelas bancadas forradas a publicidade”.
Toda a moldura humana será testada, haverá tendas abertas e será garantido o espaçamento. “Estamos a ter um rigor imenso na forma como o evento é organizado, de modo a minimizar qualquer caso”, salientou Zilhão.


Percorridos os bastidores do Estoril Open, as atenções viram-se para os courts. O que esperar de João Sousa, vimaranense de 32 anos que andou os últimos oito no top-100 mundial? “Espero que faça o brilharete de 2018, quando ganhou a dois actuais top-5 do mundo, Medvedev e Tsitsipas”, anteviu. “Espero que comece aqui o comeback (regresso), que é o nosso mote do torneio.” Que poderia acabar com a final desejada por Zilhão: “Sousa contra Monfils ou Fognini [antes das desistências]. Mas desejo sucesso a todos os portugueses.”