Bruxelas prevê inflação em Portugal de 5,1% este ano e 2,7% em 2024
Inflação medida pelo índice harmonizado de preços no consumidor moderou-se para 8,4% no primeiro trimestre de 2023.
A Comissão Europeia melhorou hoje a projecção da taxa de inflação em Portugal para 5,1% este ano, esperando uma moderação para 2,7% em 2024, reflectindo inicialmente os preços da energia e, depois, dos bens alimentares.
Nas previsões económicas de Primavera, divulgadas hoje, Bruxelas dá nota de que, depois de atingir 10,2% no quarto trimestre de 2022, a inflação medida pelo índice harmonizado de preços no consumidor (IHPC) se moderou para 8,4% no primeiro trimestre de 2023, uma redução em grande parte impulsionada pelos preços mais baixos da energia, enquanto os preços dos alimentos continuaram elevados.
O executivo comunitário acredita que a inflação deverá registar uma nova moderação ao longo do horizonte de previsão, “impulsionada inicialmente pelo índice de preços da energia e, posteriormente, pelos bens alimentares e não industriais”.
Bruxelas revê em alta a inflação da zona euro para 5,8% em 2023
A Comissão Europeia também reviu hoje novamente em alta a previsão de taxa de inflação na zona euro para 2023, sendo agora de 5,8% face aos 5,6% anteriormente previstos, admitindo que a inflação está a revelar-se “mais persistente”.
Nas previsões económicas de Primavera, hoje divulgadas, a Comissão Europeia aponta que a taxa de inflação “voltou a surpreender” pela sua tendência de subida, pelo que se prevêem agora 5,8% este ano na área da moeda única, o que compara com 5,6% nas anteriores projecções de Inverno, publicadas em Fevereiro.
Para 2024, a previsão é de uma taxa de inflação na zona euro de 2,8% quando, anteriormente, se previam 2,5%.
No conjunto da UE, a projecção é de uma taxa de inflação de 6,7% este ano e de 3,1% no seguinte, o que compara com 6,4% e 2,8%, respectivamente, estimados nas previsões de Inverno.
“Depois de atingir um pico em 2022, a inflação global continuou a diminuir no primeiro trimestre de 2023, devido a uma forte desaceleração dos preços dos produtos energéticos”, mas “a inflação subjacente – inflação global excluindo os produtos energéticos e os produtos alimentares não transformados – está, no entanto, a revelar-se mais persistente”, admite Bruxelas.