Bruxelas muda previsões económicas de Verão para Setembro para ter “dados actualizados”

Executivo comunitário explica que as previsões intercalares de Verão da Comissão Europeia passarão a ser publicadas na primeira quinzena de Setembro, e não em Julho, como tinha acontecido até agora.

A Comissão Europeia anunciou hoje que vai passar a publicar em Setembro, em vez de Julho, as previsões económicas de Verão, para ter uma “imagem mais precisa” com dados actualizados do Produto Interno Bruto (PIB) e da inflação.

Numa informação hoje divulgada à imprensa europeia em Bruxelas, o executivo comunitário explica que as previsões intercalares de Verão da Comissão Europeia passarão a ser publicadas na primeira quinzena de Setembro e não em Julho, como tinha acontecido até agora.

Segundo a instituição, a alteração de calendário visa permitir à Direcção-Geral dos Assuntos Económicos e Financeiros incluir nas previsões intercalares de Verão vários “dados essenciais” publicados em Julho e Agosto, como as estimativas provisórias do Eurostat sobre o PIB até ao segundo trimestre e a taxa de inflação provisória de Agosto, medida pelo Índice Harmonizado de Preços no Consumidor.

“A inclusão destes dados adicionais aumentará o valor acrescentado das previsões intercalares de Verão, proporcionando uma imagem mais precisa da situação e das perspectivas económicas”, adiantam os serviços da Comissão Europeia.

As previsões intercalares de Verão incluirão projecções para as seis maiores economias da União Europeia (UE) e para os agregados da UE e da zona euro.

A evolução económica mais recente dos outros Estados-membros será abordada na análise global e será tida em conta no cálculo dos agregados.

Estas previsões intercalares continuarão a ser seguidas de uma previsão completa em Novembro, como habitualmente.

Nas mais recentes previsões de Primavera, divulgadas em meados de Maio, a Comissão Europeia melhorou a projecção do crescimento económico na zona euro e na União Europeia para 2023 e 2024, revendo-o para 1,1% e 1% este ano e para 1,6% e 1,7% no seguinte, respectivamente.

A revisão em ligeira alta foi possível porque a economia do euro e da UE “teve um desempenho melhor do que o previsto”, justificou Bruxelas no documento, notando que, apesar de nas previsões de Fevereiro se prever uma contracção no primeiro trimestre de 2023, neste período chegou mesmo a registar-se “um crescimento positivo”.