Benfica de duas faces derrota FC Porto (2-0) e conquista Supertaça
Di María e Musa fizeram a diferença na segunda parte, após um primeiro tempo dominado pelos azuis-e-brancos. Pepe foi expulso, Conceição também… mas recusou sair durante largos minutos.
O Benfica começa a temporada 2023/24 da mesma forma que acabou 2022/23. Ou seja, a ganhar.Os campeões nacionais venceram a Supertaça com golos na segunda parte do reforço Di María – a passe de Kokçü, outro reforço – e de Musa que, surpreendentemente, começou o jogo no banco.
Quando os onzes foram distribuídos percebeu-se que Roger Schmidt queria surpreender. Deixou Musa de fora e lançou um ataque móvel com Rafa ao meio e João Mário e Di María nas alas e um meio-campo composto por João Neves, Kokçü e Aursnes.
A aposta não teve grande efeito, de tal modo que o FC Porto, com Namaso a fazer dupla de ataque com Taremi, teve momentos de grande superioridade. Só para se perceber o ritmo com o que encontro se iniciou aos 16 minutos havia 7-0 em remates para o FC Porto. O primeiro remate do Benfica surgiu aos 18’ por João Mário.
Os encarnados defendiam mal, Di María e João Mário não auxiliavam os laterais e não fosse a noite menos boa de Galeno e o FC Porto tinha conseguido, pelo menos, um golo na primeira parte. Aliás, Galeno logo na jogada de saída, devidamente ensaiada, teve uma grande oportunidade para inaugurar o marcador.
O Benfica sentia dificuldades e pouco ou nada fazia no ataque. A aposta num momento de transição, protagonizado por Rafa, era por demais evidente.
Com a equipa tão encolhida, Roger Schmidt percebeu que era preciso fazer alguma coisa ao intervalo. Colocou a referência ofensiva, Musa, e fez entrar o defesa-esquerdo contratado neste defeso, Juracek – saíram João Mário e Ristic.
E a verdade é que com um jogador no eixo do ataque o Benfica estendeu o seu jogo com os jogadores criativos a terem oportunidade de aproveitar o espaço provocado pela entrada de um ponta-de-lança.
E depois a superior qualidade dos futebolistas do Benfica fez-se sentir. Foi assim que Kokçü encontrou Di María aos 61’ num lance em que Pepe, a colocar o argentino em jogo, e Diogo Costa podiam e deviam ter feito (muito mais).
Aos 68 minutos novo golo, agora com Rafa a encontrar Musa. Lá está, Rafa gosta de assistir e não o podia fazer sendo a referência ofensiva que Musa mostrou ser nos segundos 45 minutos, dizendo a Roger Schmidt que pode agarrar o lugar outrora ocupado por Gonçalo Ramos.
Até final, Fran Navarro que, entretanto, tinha entrado para o ataque portista, e Rafa podiam ter marcado, Pepe foi expulso e Galeno fez a bola entrar na baliza de Vlachodimos, mas o lance seria anulado por braço de Gonçalo Borges.
O caricato também surgiu em Aveiro quando Sérgio Conceição viu o cartão vermelho e recusou a abandonar o campo. Um momento triste para o espetáculo e que podia ter sido evitado pelo treinador portista.
Contas feitas, a qualidade individual dos intérpretes fez pender a balança e isso viu-se até no banco de que dispôs um e outro treinador.
Oficialmente, o Benfica alcança os 84 títulos do FC Porto. E porquê? Porque, como refere a Federação Portuguesa de Futebol no seu site oficial, a primeira Supertaça conquistada pelo clube da Luz foi de carácter oficioso.
Após uma vitória em 12 decisões com o FC Porto nesta prova, o Benfica vence a 8.ª Supertaça do seu palmarés e coloca um travão neste jejum de duelos diretos com o rival nortenho.